segunda-feira, janeiro 31, 2005

Casamento entre homossexuais
[a propósito da hipocrisia maniqueísta do nosso espaço público]


Legalizing gay marriage would offer homosexuals the same deal society now offers heterosexuals: general social approval and specific legal advantages in exchange for a deeper and harder-to-extract-yourself-from commitment to another human being. Like straight marriage, it would foster social cohesion, emotional security, and economic prudence. Since there's no reason gays should not be allowed to adopt or be foster parents, it could also help nurture children. And its introduction would not be some sort of radical break with social custom. As it has become more acceptable for gay people to acknowledge their loves publicly, more and more have committed themselves to one another for life in full view of their families and their friends. A law institutionalizing gay marriage would merely reinforce a healthy social trend. It would also, in the wake of AIDS, qualify as a genuine public health measure. Those conservatives who deplore promiscuity among some homosexuals should be among the first to support it. Burke could have written a powerful case for it.


Pois é… parece prosa dos mais eruditos bloquistas portugueses, não é? Mas não é… é prosa de Andrew Sullivan, um destacado conservador norte-americano...

Hoje, como ”ontem” e "anteontem", é, apesar de tudo, um dia feliz… Porque um amigo que ganhei, ganhou, hoje, um pouco mais de liberdade… Mas a verdade é que a brisa gélida e cortante que corre há já algum tempo por estas bandas, a cada nova saída, se vai transformando, paulatinamente, num furacão. Com a sua passagem, nada será como dantes!

Estado de espírito

[retirado de Allposters]

Petúnia: Obstáculos. Preocupado, mas aguardando...

Eleições no Iraque 60% de eleitores, sob pena de perda de vida, é uma fascinante lição de anseio pela Democracia.

Legislativas 2005 [O Bloco de Esquerda] Tenho alguma relutância em comentar o Bloco de Esquerda, por questões de amizade e por, como define Vasco Pulido Valente, questões de higiene. Nada me aproxima do Bloco do ponto de vista ideológico, mas tenho alguns amigos que são seus eleitores, que é gente séria, inteligente, moderada e bem formada e que, em questões de decência, como no episódio de imenso desrespeito pela diferença protagonizado por Louçã contra Paulo Portas, prontamente se demarca e reconhece o indecoroso. Estas [pessoas] são as questões de amizade. Mas há outro tipo de eleitor do Bloco de Esquerda que, palpita-me, seja bem mais numeroso. É o jovem urbano, com a mania que é intelectual, que frequenta diletantemente a universidade – ou tem saudades do tempo em que o fazia, e isto faz dele o eterno universitário --, que fuma uns charros, lê Baudelaire e outras coisas que não compreende, que acredita no amor livre, que fala de sentimentos, e que disfarça, com linguagem agressiva lida numa cartilha de ódio, a falta de argumentação e a capacidade de discutir, civilizadamente, com o "outro" – que tanto gosta de enunciar com paixão, porquanto este seja um "outro cá dos nossos" [dos deles]… É gente que reduz todo o teor do debate político, com quem pensa de maneira diferente, à "indignação", ao "choque" e à "vergonha". É gente para quem os seus opositores são normalmente "ladrões", "nazis" e "hipócritas". Estas [pessoas] são as questões de higiene.

Freitas do Amaral, a CGD e Bagão Félix
1. Escrevi aqui, aquando do anúncio da utilização do Fundo de Pensões da CGD para solucionar, artificialmente, o problema do deficit, que, apesar da importância para a real politik do seu efeito nas contas públicas, me parecia “uma vergonha”;
2. Essa "vergonha" prendia-se, no meu entender - e não compreendi a pronta promulgação do Presidente da República -, com o facto de não me parecer muito legal – ou, pelo menos, muito moral... - a utilização de um fundo privado para resolver um problema das contas públicas;
3. Freitas do Amaral é da mesma opinião. E com muito mais propriedade que eu – até porque nem sequer sou jurista -- elaborou um parecer aludindo à inconstitucionalidade da medida. Estamos, nesta matéria, perfeitamente de acordo;
4. Mas a concordância termina aqui. Freitas do Amaral preside a Assembleia-Geral da CGD por nomeação do Estado, principal accionista da empresa. Aceitar elaborar um parecer, para ter efeitos em tribunal cível, num processo que opõe os trabalhadores da CGD à sua Administração – a mesma que o nomeou – só não é estranho para quem está disposto a ser uma pedra no sapato e para quem busca, incansavelmente, protagonismo político – ou não fosse a pronta resposta que deu a Bagão coroada com a acusação de que já não é a primeira vez que "este governo persegue os seus adversários políticos".
5. A Bagão resta demitir Freitas...

Legislativas 2005 [As sondagens] As sondagens não são meras auscultações de sentido de voto. São, num complexo sistema onde as mais imprevisíveis variáveis agem de forma relevante, mais um elemento de interacção que pode alterar ou ajudar a consolidar sentidos de voto; conferindo-lhes significativo poder. E há-as para todos os gostos; o que levanta dúvidas razoáveis acerca, ou da sua qualidade ou da sua seriedade. Oliveira e Costa esteve na SIC e comentou as declarações de Santana Lopes afirmando que o primeiro-ministro estava a exagerar, já que as sondagens publicadas durante a semana tinham intervalos de variação para cada um dos partidos de décimas de percentagem. E era verdade. Porém, a sondagem Expresso/SIC/Eurosondagem, revela-nos algumas diferenças mais importantes que a mera oscilação de décimas de percentagem. 1º mostra o PS à beira da maioria absoluta (quando as outras mostravam a sua paulatina descida, colocando-o abaixo do objectivo); 2º apresenta o PSD com, se não estou em erro, aproximadamente mais 5% que as outras (o que é, convenhamos, muito significativo); 3º apresenta o CDS/PP como o terceiro partido mais votado (quando nas outras aparecia, atrás da CDU e do BE, em quinto…). Repito: ou há no seio das empresas de sondagens falta de competência técnica… ou Pedro Santana Lopes tem razão! Mas… se a sondagem que confere razão a Pedro Santana Lopes só foi publicada Sábado, como é que ele faz o discurso que faz na 4ª ou 5ª feira?!

sexta-feira, janeiro 28, 2005

Legislativas 2005 [O dilema de Pacheco Pereira]

Reacção ao post Crise de Representação (2):

(...)
2.
Pacheco Pereira tem razão quando se lamenta afirmando que, para muitos, a economia da coerência como arma de crítica ad hominem é sempre para os outros. Mas é interessante como a questão da coerência – da atribuição de sentido ao passado – é uma actividade que tanto o ocupa; é que esta coisa de procurar mostrar à saciedade linearidades entre as coisas parece patologia de quem não se sente muito seguro com essa "coerência". Outra coisa que Pacheco Pereira parece confundir é o PSD com o país. É indiscutível a sua razão quando afirma que o PSD sempre desempenhou um papel fundamental na execução das reformas no país. Afirmo-o, de resto, com total isenção, até porque sou, desde sempre, eleitor do CDS, pelo que em nada, na minha hipotética e admissível senda de coerência, isso contribui para ela. Só não votei CDS nas últimas legislativas – votei PSD e fui defraudado! – e nas últimas europeias – em que não votei... Na sucessão de Durão Barroso, pareceu-me que devia ter sido Manuela Ferreira Leite a assumir o seu lugar, mas o PSD, uma vez mais, defraudou-me. Mas em que é que Pacheco Pereira parece confundir o PSD com o país? No facto de – eu sei que não o afirma, mas as entrelinhas também são comunicação – deixar subentendido que a "ultrapassagem do epifenómeno" conduzirá o PSD ao reencontro com "o seu papel de único partido" capaz de levar a cabo as reformas que Portugal precisa. E no facto de se esquecer que isso só pode acontecer com o PSD na oposição. Donde, arregimentar esse argumento para justificar um eventual voto, nestas eleições, no PSD, é confundir o partido com o país – ou pelo menos admitir sujeitar este àquele.

(...)
4.
Há dias, no post O partido e o jornal da vergonha, acusei a oposição interna do PSD de ter feito pouco. Sabe-se agora que, afinal, não fez o suficiente. Mas a vergonha, dos dias que correm, mantém-se.

(...)
7.
Na economia da coerência há que fazer honra, neste ponto, a Pacheco Pereira. Pacheco Pereira não gosta de Paulo Portas, como não gosta de Manuel Monteiro, como não gostava d’O Independente de Portas/Miguel Esteves Cardoso. Para Pacheco Pereira este CDS é um partido de senhoritos (já aqui escrevi sobre isso) e tem, em alguns aspectos, razão. Mas Pacheco Pereira toma a nuvem por Juno e fá-lo intencionalmente. Eu nunca fui discípulo de Paulo Portas – aliás a minha relação com a sua liderança do PP, como se pode ver pelo histórico do EpiCurtas, não é fácil – mas há uma coisa que me irrita, neste ponto, em Pacheco Pereira – como no Bloco de Esquerda, já que quanto a isto estão ombreados – é que ninguém ataca Portas com argumentos de razão, ao invés escondem-se em ataques, que esperam e admitem comummente aceites, à sua pessoa; veja-se as expressões: "arrogância" e "hipocrisia".

A mudança Não é propriamente o novo que nos assusta e desconcerta... é o hiato entre o que conhecemos e o novo que nunca mais nos é familiar que nos desarranja. É a mudança, ela própria. Mas é tudo uma questão de acomodação. A mudança é, digamos, como o fim de um abraço. Um longo abraço. A pele em contacto está quente. Dormente. Mas o corpo reclama. Clama mudança. Porém, quando mexe, quando os corpos se afastam, fica frio. Desconfortável. Até tornar a aquecer...

Mais um dia tristemente feliz! Hoje, como há uma semana atrás, e, uma vez mais, apesar de tudo, é um dia feliz. É um dia feliz porque uma amiga que ganhei, ganha hoje, apesar de haver algumas circunstâncias que nos poderiam levar a duvidar, um pouco mais de liberdade...

Legislativas 2005 [O dilema de Freitas, #4] Freitas do Amaral devia saber que, ideologicamente, não há centro. Porque o centro não é coisa nenhuma. A Democracia Cristã pode, de facto, e ele sabe-lo bem, ser de direita (como na Europa por oposição ao socialismo) e de esquerda (como na América Latina ao tempo das ditaduras militares), mas isso é diferente de ser-se de centro. Lembro-me de um discurso empolgado, um discurso de direita, de Freitas do Amaral em que, reforçando a razão do CDS, na altura sozinho, em questões fundamentais da Democracia portuguesa, questionava e respondia: “Quem disse não à constituição socialista? Foi o CDS!”, “Quem disse não às nacionalizações? Foi o CDS!”, “Quem disse não à liberalização do aborto? Foi o CDS!”. É verdade que, como quem lê, a sociedade portuguesa foi avançando da esquerda para a direita. É verdade que as pessoas podem mudar de opinião. Evoluir. Mas em nome da emoção (de sentimentos mal resolvidos) querer negar a razão é um erro crasso que não traz paz interior, nem augura grande futuro.

Legislativas 2005 [O dilema de Freitas, #3] (declaração de interesses, não vá o Pacheco Pereira passar por aqui) Freitas do Amaral é um senador da Democracia portuguesa. Há uns meses atrás, escrevi aqui, no Epicurtas, que Freitas do Amaral seria, ao momento, o meu candidato à presidência da República. Mais tarde ataquei o CDS/PP pela forma, quanto a mim, muito infeliz, como o tratou aquando da celebração do seu aniversário. Eu compreendo a mágoa de Freitas. Nesta luta entre Freitas e o CDS – porque não nos iludamos… isto é um ajuste de contas com o CDS – não há virgens! E é escusada a indignação. E até Manuel Monteiro devia ter o decoro de se manter sossegado e não vir – também ele com um problema por resolver com o CDS – pronunciar-se sobre este caso como se transportasse consigo o estandarte da lisura. O CDS/PP, desde Monteiro até Portas não se portou bem com Freitas, Freitas não se portou bem com o CDS. Não há inocentes. Freitas do Amaral merecia mais. A história do CDS/PP merecia mais.

Legislativas 2005 [O dilema de Freitas, #2] Há na atitude de Freitas, claramente, a expressão inequívoca do abandono e o sentimento de falta de reconhecimento. Não há muito tempo atrás – aquando da estreia da sua peça sobre Viriato, se não estou em erro --, Freitas do Amaral admitia ser candidato a Presidente da República caso houvesse um entendimento, em seu apoio, do PSD e do CDS. É estranho que agora se disponha a este frete, que ninguém lhe encomendou.

Legislativas 2005 [O dilema de Freitas, #1] Freitas do Amaral é um homem politicamente à deriva. O seu apelo ao voto no PS não beneficia, verdadeiramente, ninguém; não beneficia o PS, nem o beneficia a si próprio. No limite beneficia o CDS/PP. Não beneficia o PS porque Freitas do Amaral não arregimenta votos – legislativamente falando – em número suficientemente significativo para ser relevante. Não o beneficia a si, porque quando chegarmos à hora da verdade – e a hora da verdade, para Freitas, é a hora das Presidenciais – o PS não o apoiará; ou não fosse Sócrates um filho alinhado do Guterrismo e não tivesse sido Freitas O candidato da direita no mais renhido combate político que esta travou com a esquerda, na altura, em 1986, representada por Mário Soares. E, no limite, o que Freitas fez foi arrumar, definitivamente, um problema ao CDS/PP. É que caso Cavaco Silva não avance, Freitas podia, muito bem, ser o candidato do PSD e da direita e, afinal, sendo fundador do CDS, Portas teria, apesar de tudo, alguma dificuldade em gerir a situação. Assim, está o caso arrumado!

quinta-feira, janeiro 27, 2005

PONTA SUL: Ainda o jogo de ontem...

É um avião? É um furacão? É o Roberto Carlos?
Não!!! É o Paíto!!!!

Legislativas 2005 [A estratégia do PSD] Ao PSD resta procurar conquistar votos ao centro. Junto do eleitorado que, enquanto o Eng. José Sócrates estiver calado, votará PS. À direita o PSD terá poucas possibilidades de conquista, já que o Partido Popular prepara um excelente resultado, conquistado à custa do milagre da multiplicação; os 8% das últimas eleições foram multiplicados exponencialmente em influência, dedicação e trabalho, e isso será recompensado pelo eleitorado que aprecia ordem, estabilidade e coragem nas decisões do Estado. Assim, a Pedro Santana Lopes, recomenda-se que entretenha Nuno Morais Sarmento e Luís Filipe Menezes com coisas mais úteis aos seus intentos.

PONTA SUL: O jogo de ontem Antes de mais, Parabéns ao glórias. Em 10 jogos que fizessem, no actual momento, contra nós ganhariam 1… foi ontem! Parabéns! De acrescentar que, em 10 jogos que fizessem, o Sporting apanharia, em 9, uma arbitragem assim… E ainda recomendar vivamente, ao João Pereira, que mude de profissão...

quarta-feira, janeiro 26, 2005

PONTA SUL: A antecipação do derby A vontade de embandeirar em arco é grande; e as razões mais que muitas... Mas manda a sabedoria popular, que diz, ajuizadamente, que não poucas vezes as equipas mais fracas vencem, que me contenha mais umas horitas... SPOOOOOORTING!!!!

O Afonso e as estrelas. O Afonso descobriu o deslumbramento do céu estrelado. Está a chegar a hora de o levar ao Alentejo.

A graça do Eng. Sócrates. O josé sócrates (o nome está em minúsculas porque gosto de retribuir as faltas de consideração) escreveu-me. E de tudo o que me disse (muito pouco substantivamente) houve uma frase que me prendeu a atenção; diz: “Não perderei demasiado tempo a falar do passado.” Pudera...

A escassez de recursos. Toda a gente sabe que os recursos são escassos e em consequência disso toda a gente sabe, também, que o Orçamento Geral do Estado não chega para tudo. Toda a gente sabe, mas parece que há muita gente que, em período de eleições, esquece. Há que ser capaz de, com clareza, definir prioridades e, com coragem, propor cortes. E isso eu não vejo nem a esquerda, nem o PSD fazerem...

Portas e Jerónimo, ou de como a tradição já não é o que era... Toda a gente sabe que a esquerda gosta da igualdade, e toda a gente pensa que a esquerda é mais social. Mas ontem ficámos a saber que, afinal, a esquerda portuguesa, entre a igualdade e a justiça social, opta pela igualdade! Isto porque ontem tivémos oportunidade de ver o Jerónimo de Sousa patinar em face da necessidade de defender os abonos de família para quem menos deles necessita - opção que inviabiliza que aqueles a quem mais diferença faz se vejam privados de um aumento e de um complemento de 13º mês. Foi muito esclarecedor.

Gaitada... O Carlos, do Ideias Soltas, faz-me chegar o seguinte apelo:

O governo cessou todos os apoios que dava há anos ao Centro de Música Tradicional Sons da Terra, instituição sem fins lucrativos que mais tem feito pela recuperação da música tradicional étnica portuguesa, nomeadamente a recuperação da Gaita de Foles, através seja da constituição de um assinalável acervo fonográfico, seja através da organização de mais internacional dos nossos festivais de música étnica, o Festival de Sendim.

O alerta chegou-me via Associação Gaita de Foles (GaitadeFoles.Net), onde nos endereçam para uma petição on-line dirigida ao Ministério da Cultura, à Câmara de Miranda, ao Instituto das Artes e à Delegação Regional de Cultura do Norte.

A petição está aqui pedindo-vos o apoio de divulgação junto dos vossos contactos.

terça-feira, janeiro 25, 2005

"Votar CDS é votar Sócrates", diz Menezes Eu não concordo nada com a afirmação, mas é caso para dizer, com mais propriedade: "Votar PSD é votar Menezes"... E quanto a horror estamos conversados!

O dia mais deprimente ano Ontem, pelo que pude apurar escutando as notícias TSF no rádio do carro, foi o dia mais deprimente do ano. Eu, que me baldei ao emprego para ir jogar à bola com o puto para a Lagoa Azul e passear pelo areal do Guincho, tenho que inferir uma de duas coisas: ou os gajos estavam enganados ou eu continuo a fugir do azar como o Diabo da cruz...

segunda-feira, janeiro 24, 2005

Debates Quem não tem medo e está convicto das suas razões debate em qualquer lugar e com qualquer um! Sintomático que sejam Santana Lopes e José Sócrates os que mais problemas levantem...

PONTA SUL: O OmniSá! Quando Sá Pinto jogar, toda a curva vai cantar, Allez Sá Pinto Allez, Allez Sá Pinto Allez! Ontem foi um dia feliz para os amantes do futebol, e um dia para nunca esquecer para os verdadeiros sportinguistas! Parabéns Sá Pinto!

O partido e o jornal sem vergonha Santana Lopes foi aclamado líder do PSD num Conselho Nacional e num Congresso sem oposição expressa (com excepção do Miguel Veiga) e sem concorrência. Pacheco Pereira, Manuela Ferreira Leite, Marques Mendes, Marcelo Rebelo de Sousa, Cavaco Silva, etc. murmuraram – uns mais audivelmente que outros – mas não apresentaram solução. Santana Lopes, na passada 6ª feira, recebeu na sua residência oficial, o Expresso da meia-noite. Na cara de José António Saraiva, da Clara Ferreira Alves, de Nicolau Santos e de Ricardo Costa queixou-se de ser sistematicamente perseguido pelo jornal Expresso. A primeira página do jornal, que normalmente chega a tempo do fim do programa, para ser apresentada em primeira-mão, na passada 6ª feira não chegou – o estafeta ter-se-á atrasado… Sábado, essa primeira página anunciava que “Mendes prepara a sucessão”! O Mendes que, na altura certa, não avançou. No jornal que não persegue o primeiro-ministro. O partido e o jornal sem vergonha!

sexta-feira, janeiro 21, 2005

”Choque de Titãs” ou Sacadura Cabral 5 – Anacleto 0?! Eu confesso! Nunca li o Barnabé! Sei que ele existe. Sei que ele é lido. Muito lido. O mais lido… a fazer fé na capa do livro. Li, contudo, graças a um link no Anarca, uma análise que um tal de Rui Tavares fez ao debate de ontem entre o Sacadura Cabral e o Anacleto (porque é no meio que está a virtude). E não concordo muito com ele… o que, não o conhecendo, é, contudo, capaz de não surpreender… Para mim foi uma cabazada das antigas; do tipo Sporting 7 – Benfica 1… Até nas questões em que se imaginava que o Portas poderia perder… ganhou! Ganhou, portanto, inesperadamente, na questão da Guerra no Iraque e do Aborto e ganhou, mais previsivelmente, na questão dos impostos da banca, das OGMA e dos ENVC e na postura de estado.

Hoje é, apesar de tudo, um dia feliz... Porque um amigo que ganhei, ganhou, hoje, um pouco mais de liberdade!

Sobre a admiração Os lugares mais altos da escala da admiração podem ser ocupados por pessoas que preencham um de dois tipos de requisitos: ou não se conhecem bem e, portanto, pode mitificar-se meia dúzia de coisas a seu respeito, ou é gente cheia de defeitos (como todos nós), que já se conheceu, que já nos irritou, com os quais já humanizámos, mas com quem nos habituámos a viver e em relação aos quais fomos capazes de acomodar (gosto deste verbo) as diferenças...

segunda-feira, janeiro 17, 2005

A doença da portugalidade
Excelente entrevista a José Gil, na Pública de Sábado.
Está tudo lá. Do ensimesmamento da sociedade portuguesa, de como estamos reféns do espelho, de como nos fechamos ao outro, de como aniquilamos o outro e a nós, de como alimentamos um processo de premanente não-aprendizagem, da razão para a nossa imensa violência mascarada de brandos costumes, da inveja que sentimos... Está tudo lá!

Ai, Portugal, Portugal...
De que é que tu estás à espera,
Tens um pé numa galera,
E outro no fundo do mar!!!
(...)
Não se pode estar direito quando se tem a espinha torta!
Jorge Palma

sexta-feira, janeiro 14, 2005

As verdades do Eng.Sócrates

Antes da votação do orçamento de estado
1. "O corte dos benefícios fiscais no orçamento para 2005 é um forte ataque à classe média e à poupança";

Durante a votação do orçamento de estado
2. "Votamos contra o OE por causa do corte dos benefícios fiscais."

Depois da votação do orçamento de estado
3. "Não estamos a pensar repor os benefícios fiscais"

PONTA SUL: Ainda a taça
A propósito... com quem é que o FCPorto vai jogar?!

PONTA SUL: A taça
Parece que o sorteio (há quem lhe prefira chamar "azareio"...) para a taça de Portugal ditou um glórias-SPORTING! Eu cá acho que a ONU devia, rapidamente, enviar capacetes azuis para os lados da Luz. Espera-se um massacre! E o Liedson já está todo contente... vai ter uns dias extra de férias!

OUTDOOR, #3
[para colocar em Entrecampos, em Monsanto e no Jardim do Tabaco]
Onde está a Feira Popular?

quinta-feira, janeiro 13, 2005

OUTDOOR, #2
[para colocar no Parque Mayer, no Cais do Sodré e no Jardim do Tabaco]
Onde está o casino?
Quanto foi orçamentado?
E quanto é que já custou?

OUTDOOR, #1
[para colocar nas Amoreiras, na Artilharia 1 e na Rotunda]
Onde está o túnel?
Quanto foi orçamentado?
E quanto é que já custou?

Já diz o povo: Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és!
Pedro Pinto, Rui Gomes da Silva, José Raul dos Santos...

Pedro Santana Lopes e a trapalhada do costume
O país (o apelo à sabedoria do país resulta sempre e é uma táctica frequentemente usada no sector...) já devia saber que de Pedro Santana Lopes só podia esperar este circo. Pedro Santana Lopes já tinha iniciado as obras do túnel do Marquês (visando facilitar o acesso de automóveis a Lisboa), para depois anunciar a intenção de cobrar portagem aos automóveis que entrassem na cidade (procurando restringir o acesso!). Pedro Santana Lopes já tinha prometido a construção de silos nos bairros antigos da cidade para resolver o problema (grave!) do estacionamento aos munícipes da cidade para a qual foi eleito, mas a "resolução" dos problemas de acesso à cidade dos munícipes dos suburbios ocupou-o mais. Pedro Santana Lopes já tinha encerrado a Rua da Madalena ao trânsito (com os prejuízos para a circulação automóvel na zona da baixa que isso causou), para mais uma exibição de renovação urbana mediática. Para cada uma destas coisas já havia espalhado pela cidade um sem número de outdoors patéticos (prática que Carmona Rodrigues resolveu continuar de forma ainda mais ordinária - nomeadamente com aquele que zomba de quem pensa de maneira diferente em relação à pertinência da construção do túnel). Pedro Santana Lopes já tinha prometido que a feira popular passaria para Monsanto e que o Casino - inicialmente anunciado para o Parque Mayer - ficaria no Cais do Sodré. Depois mudou de ideias e anunciou a feira popular para o Jardim do Tabaco, para onde, de resto, entretanto, já tinha recambiado o Casino... Depois foi para primeiro-ministro, não sem antes chorar comovido o abandono da autarquia... Depois foram as trapalhadas do e-governance, da descentralização inconsequente, da Teresa Caeiro (da defesa para a cultura...), do caso Marcelo, dos discursos para o interior do partido no exercício das funções de estado,... É o desvario! E agora as listas... O Pôncio Monteiro, a Margarida Rebello Pinto - sobejamente conhecida pelas suas posições políticas... - que lhe diz que não, o acordo com o PPM e com o MPT (pobre Ribeiro Telles...), o homem dos Açores que concorre por Portalegre (porque estava na Agricultura e, como Portalegre é um distrito rural... toma!), a senhora de Lisboa que concorre por Beja, o senhor de Ourique que, jamais sendo eleito pelos seus comprovincianos, vai pelo Porto...
Oh, meus amigos... Eu não vou votar PS... mas, com o diabo!!!! No PSD é que não vou votar concerteza!!!!

PONTA SUL: Onde estão os 8 pontos de avanço?!

Algumas pessoas, apesar de saberem que o Epicurtas anda a laborar de forma muito lenta, estranharam que, após o excelente fim de semana futebolístico (SPORTING 2 - Glórias 1; FCPorto 1 - Rio Ave 1; Estoril-Praia 2 - VSetubal 1), que culminou com a ascenção do meu Sporting ao primeiro lugar da classificação, não tenha havido, aqui, qualquer nota. Mas, compreendam... andava a ajudar uns amigos lampiões a encontrarem os 8 pontos que perderam...

SPOOOOOOOOOOORTING!!!!

terça-feira, janeiro 04, 2005

Os aviões [afinal] também têm penas
Todos os meus amigos quando fossem grandes gostavam de ser pilotos de aviões.Nenhum deles conseguiu.A maioria trabalha por conta de outrém em talhos na região da grande Lisboa.
A história das quedas no fosso que separa o sonho do real...