sexta-feira, junho 27, 2003

Ana Malhoa. Reparo agora na televisão que está abandonada na SIC... Eh pá!!!! A Ana Malhoa - aquela jovenzita que apresentava o programa de miúdos - cresceu comò caraças!!!!

Conspiração. Declaro aqui que estou a ser vítima de conspiração, vilmente liderada pelos administradores do blogger.com! Depois de ter mudado de template , continuo, amiudadamente, a ser assaltado por uma sem vergonha sabotagem que só permite aos meus visitantes lerem os últimos posts colocados. Estou indignado e grito por SOCOOORRO!!!!

O Padrinho (vers. portuguesa). Os dirigentes dos clubes de futebol preparam-se para alterar os regulamentos a fim de evitar penalizações aos incumpridores das obrigações fiscais. Continuamos a ter clubes que, não pagando impostos, continuam a fazer investimentos astronómicos em passes de jogadores e a alimentar uma concorrência desleal a todos os outros que, em detrimento de outros convenientes investimentos, honram as suas obrigações! Não restam dúvidas... com 6 milhões de adeptos, o Sport Lisboa e B. é o mais fiel espelho da Nação.

quinta-feira, junho 26, 2003

5 minutos. Acabei de descobrir um novo blog: o 5 minutos. Fiquei muito surpreendido pelas referências cépticas à Gestão e pelo aconselhamento ao recente livro de Paul Watzlavick. Ficarei atento; espero excelentes novas deste blog...

O respeito da vontade, até às últimas consequências.
[nota de humor negro: de Max Aub]
- Antes morta. - disse-me.
E a única coisa que queria era fazer-lhe a vontade.

Miguel Sousa Tavares. Nutro pelo MST um sentimento ambivalente. Uma ambivalência que oscila entre a admiração pelo desassombro e radicalidade que emprega na defesa das suas intervenções públicas, pela concordância com algumas delas e pela ira motivada pela cegueira facciosa que tantas vezes lhe tolda o olhar – confesso que, nestes casos, normalmente, por irremediável discordância… Mas o romance, recentemente publicado, Equador é uma obra de génio. Pela intriga política, pelo retrato social e histórico, pelos conflitos interiores, pelos amores e amizades, pelo erotismo e pelo sexo, pelo ódio, pelo respeito, pelo pormenor, pela estrutura narrativa, por tudo. Para ler de um só fôlego. Esta semana, entre as coisas irremediavelmente inadiáveis a que tive que comparecer, sorvi, viciosamente, a história de Luís Bernardo Valença. Parabéns, Miguel!

Novo aspecto do blog. Tenho tido alguns problemas com a manutenção do EpiCurtas, alegadamente, como simpaticamente o Espada Relativa fez o favor de me alertar, devido a um problema com o anterior template que tinha escolhido. Assim sendo, e quebrando todas as regras de marketing que recomendam cautela a mudança de visual, passa o EpiCurtas a gozar de este novo aspecto.

Impressões avulsas de Salónica IV. Os cafés são espectaculares! São espaços acolhedores – todos os edifícios, até os mais improváveis, têm aquecimento central – onde existem dezenas de jogos de tabuleiro para que os clientes, durante o consumo, se divirtam com eles. Vi Gamão – deve ser o jogo nacional… toda a gente joga! – mastermind, scrablle, trivial pursuit, otello… (deve ser o paraíso dos amantes de jogos de sociedade…) O que dirá, de uma sociedade, o facto de, com temperaturas perto dos 0 graus, as pessoas saírem em massa para as ruas, ocuparem os espaços públicos fechados e entregarem-se a um prazer misto de convívio e jogo?

Impressões avulsas de Salónica III. Os pontos de interesse turístico parecem abandonados e não têm nenhuma envolvente comercial. As entradas são gratuitas, mas também não há lá dentro nada para ver… Só paredes!

Impressões avulsas de Salónica II. Domingo. 22 Horas. Enquanto que, a capital portuguesa, por esta hora, parece mergulhada numa sonolência abandonada, Salónica agita-se ainda. Lojas de flores, tabacarias, confeitarias e um sem número de quiosques espalhados pelas ruas continuam abertos. Não é só no centro na cidade que o movimento se faz notar, mas por uma considerável e surpreendente extensão, ao longo de estreitas e longas ruas.

Impressões avulsas de Salónica I. 08.12.2002. Chove copiosamente e faz um frio de rachar. As varandas mediterrânicas que dominam a frente marítima da cidade, ao invés de solários voltados a Sul, distintos e invejáveis, parecem plataformas encharcadas e deprimentes votadas a uma sofrida espera pelos meses em que Ra regresse dominador aquela latitude e as nuvens, abrindo-se, lhes permitam, recompostas, exibir o seu encanto novamente.

Impressões avulsas de Salónica 0. [Pergunto-me se recambiar para um local a 12 – quando não 22… - horas de Lisboa, em voos regulares, em nome da descentralização garante, de facto, algo em prol dessa mesma descentralização… Pergunto-me se os lideres da Europa, presentes no passado fim de semana, nessa terra no nordeste helénico, compreenderam convenientemente a cidade. Pergunto-me se alguma vez, nessas comitivas, alguém compreende alguma coisa de alguma coisa…]

Caro Alfredo Miraleve. Antes de mais, e após esta curta ausência, quero agradecer os cumprimentos que enviou à família, que aguarda com ansiedade a chegada de mais um Leão a esta cada vez mais selvática savana. Quanto às suas dúvidas, tranquilize-se! A Universidade da Ponte do Cavaleiro é um espaço de aprendizagem do mundo global. É uma daquelas respeitáveis instituições que tem a sala de professores numa vila piscatória do sul de Inglaterra, os arquivos num vão de escada em Singapura, a secretaria na Coreia do Sul, os seguranças no Botswana e os alunos onde quer que haja um audaz conquistador, de ambição desmedida, pouca apetência para grandes esforços e dinheiro suficiente para pagar os seus serviços. Membros dos alumni da ilustre Universidade, pululam por aí em algumas das mais prestigiadas universidades portuguesas conduzindo as pobres mas alegres almas dos alunos à luz! (a 40 watts de luz… comprados precisamente na loja vizinha da padaria do Zeferino.)

Compadre Durden tenho cá os papeles da Universidade de Ponte do Cavaleiro (pelo menos é que diz o filho do Zeferino padeiro que o gajo é que traduziu esta coisa). Parece que por uns dois mil eurozitos posso ser engenheiro já prá semana. Vossemecê é que me podia aconselhar nestas coisas. Estou com dúvidas, parece.me que esta universidade é um bocado manhosa.

sábado, junho 21, 2003

Socorro!!!! Quero colocar posts e esta merda não permite fazer scroll down!!! Tenho umas coisas interessantes para dizer a propósito de Salónica e não posso!! Miraleve, se me conseguir ajudar agora arranjo-lhe um diploma todo bonitinho e nem precisa do tal caderno; uma coisa afiambrada que lhe permitirá dar aulas até na Universidade Católica!!!

Blogger.com. Ai como eu gosto deste servidor... Gggrrrr!!!! Não é que agora resolve apresentar somente os últimos dois posts???!!!! Se, porventura, algum dos artistas da web for capaz de me ajudar a contornar este problema façam o favor de me auxiliar por mail.

Compadre Durden como é que um gajo acede a esses diplomas? Vossemecê fará o favor de me dizer?
É que experiência de vida eu tenho à brava, e o meu conhecimento presente chega pelo menos para um caderno escolar, desses mais pequenos. O Filho do Henrique da peixaria disse-me que anda lá na Universidade e que há lá uns gajos com diplomas assim. Ora eu também quero desenrascar a minha vida.
Um ganda abraço e felicidades para si e para a sua família que parece que está a aumentar.

sexta-feira, junho 20, 2003

Finalmente o estatuto merecido!!! Não percam a grande oportunidade de, à semelhança de tantos outros, alcançarem sem grande esforço o estatuto merecido!!!! Sejam PhD por uma universidade de nome estrangeiro, difícil e imperceptível!!! Ganhem a prosápia e a petulância bacoca que a repressão de anos e a longa subserviência premiada num país feudal vos roubou! Conquistem o direito de maltratar os que abaixo de vós se encontrem! Ascendam ao superior nível de imbecilidade, onde a cada patacolada que se lembrarem de dizer, toda uma corte de néscio acéfalos vos lamberá as botas e lavará as partes baixas com água de rosas.
Viva!!!!!!

E-mail recebido há poucos minutos:

----Original Message Follows----
From: "n-Gabrielle r * x-w"
Subject:: Bachelors, masters, MBA, and doctorate (PhD) diplomas
Date: Fri, 20 Jun 2003 09:28:46 -0400
U N I V E R S I T Y D I P L O M A ' S

Diplomas from prestigious non-accredited universities based on your present knowledge and life experience.
Obtain a prosperous future, money earning power, and the admiration of all.
No one is turned down.
Confidentiality assured.
No required tests, classes, books, or interviews.

CALL NOW to receive your diploma within days!!!
1-619-819-0201
Call 24 hours a day, 7 days a week, including Sundays and holidays.

Blogger, links, bold e itálico II. O raio do Blogger ainda não está a funcionar em condições, mas eu já aprendi os códigos html, para remediar a coisa... As correcções estão feitas.

Blogger, links, bold e itálico. Para lá do bold que sou capaz de introduzir nas minhas mensagens - em código html -, o blogger não me está a permitir fazer os links devidos... procurarei remediar a coisa assim que possível.

Fumaças. Dei agora conta da simpática referência do Fumaças a este blog:

EpiCurtas Até que enfim, alguém assim! Epicurista, do Sporting e de Direita!

Para lá do agradecimento do gesto, sou, no entanto, forçado a advertir que os defeitos passíveis de se encontrar neste blog são, certamente, muito maiores que as aparentes virtudes. E quanto a estas, para lá do epicurismo ser uma afronta medonha a uma tradição judaico-cristã - auto-flageladora e sombria - de culto do sofrimento e do sportinguismo ser uma manifestação irracional e facciosa do meu mais primário tribalismo, isto de ser de Direita tem tanto que se lhe diga, que às vezes o melhor é nem dizer nada. Mas aparte estas insistentes tonalidades de cinzento, daqui, neste instante, enquanto escrevo e termino a minha cigarrilha Montecristo, envio um caloroso cumprimento aos blog Fumaças.

Dicionário do Diabo.
Saúdo com uma nervosa e entusiasmada emoção o aparecimento do Dicionário do Diabo na blogoesfera nacional. Faço-o por variadíssimas razões.
1. Ambroise Bierce e o seu dicionário é, para mim – igualmente cínico assumido -, uma referência incontornável.
1.1.Eu próprio podia ter criado este blog e isto deixa-me irado de inveja!!! E leva-me, face à ousadia do Pedro em criar um blog que deveria ser meu, a acusá-lo de ser um egoísta sem vergonha; “a person of low taste, more interested in himself than in me” (Bierce:1906)!!!
2. O ressurgimento, na blogoesfera, do Pedro Mexia, que me habituei a ler na Coluna Infame e que acabou por me estimular à criação do EpiCurtas.
2.1. O prazer de poder tornar a ler alguém que não conheço pessoalmente, mas que me parece ser radicalmente desassombrado, displicentemente incoerente – se for caso disso… - e impressionantemente combativo.

Um imenso bem haja ao Pedro Mexia, mais um louco varrido (“affected with a high degree of intellectual independence” (Bierce:1906)), com quem passo a poder trocar impressões.

Portugal é um país engraçadíssimo!
«Ai, ai, ai… ai que calor!!!»
«Com um calor assim não se consegue fazer nada.»
«Só apetece estar em casa, com os estores baixos, a beber limonada.»

Vá lá, gozem agora com os Alentejanos!
Oh, Aviz... pergunta lá às pessoas aí da vila se isto é mesmo dramático como a malta aqui da cidade diz, ou se é mais uma mariquice urbana, de gente mal habituada.
Cambada de meninos…

quarta-feira, junho 18, 2003

Alfredo Miraleve. Seja muito benvindo, caro Alfredo. Noto que passou por ca e que se pirou para a tasca do Martins. Volte sempre que quiser.

Epicurismo Supremo. A curiosidade da aferição do sexo abundantemente discutida, acaba absolutamente mitigada pela angustia – indizível, não vá o diabo tece-las... - de garantir a certeza de que, afinal, tudo esta bem com a criança! Terminado o exame... E um rapaz!!!! Guardou a(s) cereja(s) no meio das pernas, e não no topo do bolo.
Nisto de Epicurismos não há puro, tinto, melodia, romance, coito, viagem ou outro qualquer prazer que se lhe compare!

Xiça como é que vim aqui parar? Estes gajos só falam estrangeiro? Serão das universidades como o filho do Adelino torneiro ou do Ambrósio da retrosaria?
Quem será este gajo Durden? Parece que é amigo dum Vicious que já não tem pistolas... Bom vou mas é voltar para a tasca do Martins. Sempre marcha mais uma sandocha de coratos. Isto aqui é só pra gajos com muitos estudos.

Entre a Utopia e os pés assentes na terra. Exposição de Gonçalo Ribeiro Telles no Palácio Galveias, a funcionar como Biblioteca Municipal de Lisboa, junto ao Campo Pequeno. Procurarei ter oportunidade para lá dar uma saltada. O título é extraordinariamente sugestivo e parece querer remexer no território, como quem remexe nas convicções… algures entre a Utopia da esquerda e os pés assentes na terra da direita.

Punk is not dead. Pode ter estado conservado em formol, mas parece que este verão os Sex Pistols se tornam a juntar para alguns concertos. Sex Pistols sem Sid Vicious... it seems to me like an Anarchy in Punk movement.

terça-feira, junho 17, 2003

'Discutir 2' e outras coisas.
Traz-nos André M., muito oportunamente, ao debate o seguinte post:

Um artigo interessante sobre a regulamentação europeia na internet:
Dalzell recognized that the U.S. government's true fear of the Internet was not indecency or obscenity, but hypothetical worries about how "too much speech occurs in that medium." Dalzell and eventually the Supreme Court realized that the best way to foster the soon-to-be spectacular growth of the Internet was to reduce government regulation--not to increase it.
Unfortunately, Europeans still haven't quite figured that out. The Council of Europe--an influential quasi-governmental body that drafts conventions and treaties--is meeting on Monday to finalize a proposal that veers in exactly the opposite direction.
Nem os blogs ficam de fora.....
The all-but-final proposal draft says that Internet news organizations, individual Web sites, moderated mailing lists and even Web logs (or "blogs"), must offer a "right of reply" to those who have been criticized by a person or organization.
With clinical precision, the council's bureaucracy had decided exactly what would be required.
A conclusão parece justa : while the Council of Europe is very influential and its proposals have a tendency to become law, that outcome is not guaranteed.


Considero um excelente contributo para discussão iniciada por JPP, e espero, ansiosamente, não de flash-back, mas de feed-back do mesmo a este post tão oportuno.
Quando é que a Europa (e, particularmente, o nosso pobre Portugal…) perceberá que não é certificando e regulamentando as coisas, em intermináveis e, às vezes, inomináveis procedimentos burocráticos, que alcançam o garante de qualidade?! Será que o Estado tem que meter o nariz em tudo? Deixem as coisas fluir… livremente!!!! Para quê esta paranóia de modelização, de uniformização?

Educação pelo exemplo.

O desespero de educadores por esse país fora [e noto que não estou a tomar partido!], leva-me a mais uma citação. Desta feita uma tradução livre de Max Aub, nos seus Crimes Exemplares.

Sou professor. Faz dez anos sou professor na Escola Primária de Tanacingo, Zac. Já tive muitos alunos nessa escola. Creio que sou um bom professor. Pelo menos julguei-o até que me saiu aquele Panchito Contreras. Não me ligava nenhum, nem aprendia nada, porque não queria. Nenhum dos castigos surtiu efeito. Nem morais, nem corporais. Olhava-me insolente. Roguei-lhe, pedi-lhe. Não tinha medo. O resto dos miúdos começaram a rir-se de mim. Perdi toda a autoridade, o sono, o apetite, até que um dia não pude aguentar, e para que servisse de exemplo enforquei-o na árvore do pateo.

Instruciones para subir una escalera.

Tenho sido assolado por uma insistente paranóia de explicitação do saber... Ele é normas de procedimentos, manuais de operações, relatórios de evolução e avaliação, actas de reuniões...

Enfim, de sorriso cinico, fico-me pela citação de Julio Cortazar:

Nadie habrá dejado de observar que con frequencia el suelo se pliega de manera tal que una parte sube en ángulo recto con el plano del suelo, y luego la parte siguiente se coloca paralela a este plano, para dar paso a una nueva perpendicular, conducta que se repite en espiral o en línea quebrada hasta alturas sumamente variables. Agachándose y poniendo la mano izquierda en una de las partes verticales, y la derecha en la horizontal correspondiente, se está en posesión momentánea de un peldaño o escalón. Cada uno de estos peldaños, formados como se ve por dos elementos, se situá un tanto más arriba y adelante que el anterior, principio que da sentido a la escalera, ya que cualquiera otra combinación producirá formas quizá más bellas o pintorescas, pero incapaces de transladar de una planta baja a un primer piso.
Las escaleras se suben de frente, pues hacia atrás o de costado resultan particularmente incómodas. La actitud natural consiste en mantenerse de pie, los brazos colgando sin esfuerzo, la cabeza erguida aunque no tanto que los ojos dejen de ver los peldaños inmediatamente superiores al que se pisa, y respirando lenta y regularmente. Para subir una escalera se comienza por levantar esa parte del cuerpo situada a la derecha abajo, envuelta casi siempre en cuero o gamuza, y que salvo excepciones cabe exactamente en el escalón. Puesta en el primer peldaño dicha parte, que para abreviar llamaremos pie, se recoge la parte equivalente de la izquierda (también llamada pie, pero que no ha de confundirse con el pie antes citado), y llevándola a la altura del pie, se le hace seguir hasta colocarla en el segundo peldaño, con lo cual en éste descansará el pie, y en el primero descansará el pie. (Los primeros peldaños son siempre los más difíciles, hasta adquirir la coordinación necesaria. La coincidencia de nombre entre el pie y el pie hace difícil la explicación. Cuídese especialmente de no levantar al mismo tiempo el pie y el pie).
Llegado en esta forma al segundo peldaño, basta repetir alternadamente los movimientos hasta encontrarse con el final de la escalera. Se sale de ella fácilmente, con un ligero golpe de talón que la fija en su sitio, del que no se moverá hasta el momento del descenso.

A César o que é de César. Primeiro foi o Abrupto, depois a Coluna Infame. Veio a incontornável vontade de experimentar… primeiro o 7 de Espadas - que não chegou a ser… - e depois o EpiCurtas. Aqui ao lado apareceu o Contesta a contestar. E entre umas saltadas ora aqui, ora ali… descoberta da malta leonina. Mais umas experiências, umas visitas avulsas… e o desespero… sem Coluna, vou ler o quê? Para lá de todos os que fui visitando… mais recentemente dei conta de um algarvio, sportinguista e liberal, de uns adeptos de boas práticas, de alguém com aparente apurado sentido estético, e de gente às direitas (ainda para aferir eventuais proximidades!). Ainda a satisfação pelo aparecimento do génio da portugalidade.

PUNCH. Fundada em 1840 por Manuel Lopez, esta marca cubana de puros, esconde no seu nome a sua própria descrição. P para Prince, U para Unique, N para Noble, C para Charming e H para Habano.

segunda-feira, junho 16, 2003

Gastronomia Epicurista III. Queen Vic, na Playa de los Amadores, na Gran Canária. Dono, e empregado, Galês, dona, e cozinheira, galega. Excelentes pratos de peixe fresco, a provar que nem todos os restaurantes das ilhas espanholas são para aviar fast-food à estrangeirada!

Gastronomia Epicurista II. Painel de Alcântara, em Alcântara, naturalmente... Recomenda-se o arroz de tamboril; o melhor da cidade.

Gastronomia Epicurista I. [À guisa de roteiro, algumas propostas para epicurismos gastronómicos sob a designação Gastronomia Epicurista]. Maison Andaluz, no Cascaishopping. Recomendam-se as tapas, as burras de porco preto e o leitão pata negra frito.

Penetrações. Exposição de arte contemporânea em edifício antigo em recuperação; artes e ofícios, lado a lado. Moderno e antigo, fotógrafos e pedreiros, pintores de quadros e pintores de paredes, restauradores e serventes de obra. Com o Tejo ao fundo e a luz de Lisboa a invadir o espaço. Ao Castelo, junto aos painéis do milagre de Santo António, perto da saudosa Rua da Saudade. Com o revisor do Saramago, o Gabriel Arcanjo e a Salomé do Migueis e os Cabalistas do Zimmer por vizinhança. Living in perfect harmony!

Gosto dos santos populares. Melhor: gosto do S. António de Lisboa. Itinerário deste ano: Jantar no Bairro Alto, sardinhas e espetada de carne como convém, acompanhado por um faduncho bem gingado. Descida pela Calçada da Glória até às marchas na Avenida; tempo para ver a deslumbrante Bica e lamento por Alfama e Castelo. Subida ao Castelo, arrastados pelo mar de gente. Terminar a passeata popular depois da Graça com os pés doridos e sorriso rasgado de tão prazenteira cidade.

Bola Verde. Fui gentilmente convidado a participar no blog Bola Verde e, naturalmente, aceitei.

In O Jogo. Podia falar (escever) aqui qualquer analogia aos "bandos de pardais à solta" que canta Carlos do Carmo ou referir o "leãozinho" do Caetano. A musicalidade que os jovens "leões" dão à prestação da equipa das quinas que brilha em Toulon é outra. A de elevar o futebol á condição de arte e musicar com golos. Ontem, mais uma vez, "chapa" três. Desta feita, frente à potência que viajou desde a Argentina. E com golos "leoninos": Lourenço a "bisar", Custódio de permeio. E boas exibições de Miguel Garcia, Danny e Ronaldo. A cotação do "leão" está em alta na Côte D'Azur. Sem mais comentários...

quinta-feira, junho 12, 2003

Discutir (resposta a JPP).
Inicia JPP, no Abrupto, uma discussão na qual quero participar.

1. Talvez seja a altura , é sempre a altura , de discutirmos o meio que usamos , os blogs , a comunidade dos seus utilizadores , a blogosfera , e os seus efeitos no âmbito mais vasto do sistema comunicacional . Infelizmente temo-nos centrado apenas na discussão do elemento do meio , a blogosfera , e desprezado o primeiro e o último.

A discussão da blogosfera (enquanto comunidade) parece-me impossível sem a discussão dos outros (meios de participação e agentes). Quando se discute a blogosfera faz-se por referências aos blogs (pela sua natureza e forçosa classificação social) e aos agentes (ou julga que o seu blog é referenciado muito mais pela sua intrínseca qualidade que pelo facto de ser seu?). E, em boa verdade, o que é que realmente interessa? Os agentes socialmente reconhecidos ou as ideias que professam?

2. Há dois tipos de "umbiguismo" na blogosfera , e o termo , que escandaliza muitos , tem todo o sentido . Um é o "umbiguismo" do puro diário . A existência de diários mais ou menos íntimos , que são públicos é uma novidade permitida pela rede e potenciada pelos blogs . Tem muitos riscos porque a linha entre o íntimo e o público sendo quebrada , pode ter consequências perversas , mas cumpre um papel .
É a segunda forma de "umbiguismo" que é mais perniciosa : a de só se discutir a comunidade , nalguns casos entendendo-a como a família , o círculo de amigos , o clube mais ou menos privado , ou a seita política ou jornalística . Isso faz implodir e é , a prazo , estéril .


Concordo! Daí a minha primeira referência à masturbação. Mas… e que raio de juízo de valor sobre a one best way de gerir um blog é essa, caro JPP? O que é um blog? Não pode ser um caderno de notas tornado público, uma recriação literária, uma alteridade de ego, um diário no seu sentido mais estrito, um canal de recados tornados públicos? Ousa propor um modelo?

3. Contrariamente ao que se pensa , as diferenças políticas não são tão importantes como isso na blogosfera . Parece mas não são . Podem vir a ser , mas não são . E parece porque existe uma forte tendëncia auto-proclamatória , de auto-classificação , que acompanha quase sempre uma pobreza analítica , a dificuldade de pensar a política como uma actividade complexa , que , em territórios como estes , só sobrevive se for associada a uma mais vasta perspectiva cultural e social . Quem chega tem a tentação de plantar a bandeira logo , marcar o território e escolher lado . Depois faz sempre batalhas de posição , e essas batalhas não nos ensinam nada .

As diferenças políticas – pelo menos esgrimidas da forma contundente com que usam ser - não são tão importantes nem na blogosfera, nem em parte nenhuma onde impere alguma sanidade mental. São as diferenças de carácter e de respeito pelos outros que marcam essas mesmas diferenças. É na esquerda que tenho, provavelmente, algumas das melhores referências pessoais. Concordo consigo quanto a vacuidade de algumas discussões que, em nome da esquerda e da direita, se costumam travar. Mas, caro JPP, não goza o JPP de suficiente exposição pública, a não carecer de recentes auto-proclamações, permitindo-lhe a sua caracterização (do agente) sem a necessidade de plantar a bandeira? Uma vez mais parece-me uma proposta carregadinha de intenção valorativa, desprezando a condição dos outros.

4. Eu uso os blogs para todo o meu trabalho , sem qualquer fronteira com quaisquer outros meios de comunicação . Uso os Estudos sobre o Comunismo , como um meio complementar de registo bibliográfico , de troca de informações com os outros investigadores , de divulgação de notas , de pedidos de informação . A forma de blog permite essa parte do trabalho quotidiano , muito importante numa área de estudo em que toda a investigação é primária e quase não há bibliografia secundária . A forma blog no entanto não é suficiente e tem limitações , pelo que necessita de ser complementada por um site que disponibilize informação mais "estável " e que divulgue alguns resultados de investigação .

E eu uso o meu blog para aprender um pouco mais sobre a blogosfera, já que sou dos que acredita que a aprendizagem de um objecto só se faz pelo manuseamento, pela interacção, com esse mesmo objecto. Uso o meu blog para o que me apetecer e estou muito longe de aceitar a imposição de um modelo. Gosto dos blogs com espaço para comentários e dos blogs de solilóquio, gosto do seu blog e das reflexões nele contidas, gosto das polémicas dos infames, gosto da rudeza provocatória do meu pipi, da tranquilidade epicurista dos prazeres, do arremesso brutal de portugalidade do Alfredo Miraleve, das bordoadas do meu amigo CG. Caro JPP, gosto da diversidade e incomoda-me a tentação reguladora que se antevê nesta sua proposta de reflexão. Quanto à sugestão do site, para determinado tipo de interesses é válida… espero com elevada expectativa o aparecimento do seu.

5. Quanto ao Abrupto serve-me para várias outras coisas , algumas que posso fazer nos outros meios de comunicação social , e outras em que a forma do blog é única . A facilidade de acesso imediato a um público é uma delas - usei-a , por exemplo , ontem com as histórias das peripécias televisivas de Fátima Felgueiras , quase em tempo real , ou , noutro dia , com idênticas peripécias à volta de Hermann e dos Globos . A esta vantagem da imediaticidade acrescenta-se o facto dos blogs serem neste momento o único meio de comunicação alternativo em que se pode livremente criticar os meios de comunicação social escrita e audiovisual . Por razões corporativas , os media tradicionais são muito avessos a essa crítica e esse é um espaço livre para os blogs e , quando se lê os mais interessantes entre eles , esse espaço já está a ser ocupado . O caso das declarações de Wolfowitz é um exemplo .
Por outro lado o blog não precisa de ser centrado num único tema . Ainda estou para perceber porque razão o Blogo me classifica em "Actualidade" , porque há bastante menos "Actualidade" no Abrupto ( a não ser que a Alice no Pais nas Maravilhas seja actualidade por causa da pedofilia ... ) do que nalguns classificados de "serviço público" , uma classificação também um pouco "umbiguista" e sem qualquer nexo , com excepção do Ponto Média e o Jornalismo e Comunicação . Uma das vantagens do Abrupto é eu poder escrever sobre o que me apetecer sem ter as limitações habituais da coluna regular num jornal .


Está a ver que a posição relativa que ocupa no espaço social é transferível para o ciberespaço? No meu caso, e na maior parte dos casos dos bloguistas anónimos, fui eu próprio que tive que forçar o encontro de uma categoria para me catalogar no blogo.no.sapo.pt… Vantagens da fama!

6. Seja em que circunstâncias for , mesmo quando o motivo mais imediato da conversa que se mantém nos blogs , é a própria blogosfera , o meu destinatário é sempre o universo ideal das pessoas interessadas pelo "espaço público" . Não escrevo para os amigos em público , a não ser que eles precisem por razões que são elas próprias de interesse público , nem me interessam inconfidências ou intimidades, meio caminho andado para a "aldeia global" , esse sítio pegajoso onde todos se conhecem demais uns aos outros

Ainda que faça, porque me apetece, referências pessoais a alguns amigos, a verdade é que, quanto a este ponto, aprecio a sua estoicidade em não transformar isto num espaço de pegajoso, tipo vanity fair. Mas diga lá, JPP, quando escreve não escreve para se fazer valer publicamente? Para plantar bandeira? E quando escreve este post não o faz para se distinguir do resto da malta?!

Felgueiras. Ontem, um popular questionado sobre a sinceridade de Fátima afirmava que era justa a fuga para o Brasil: "até a senhora fugia... então acha digno que a forcem a partilhar a cela com prostitutas em Custóias?". Dois comentários: (i) por falar em Fátima e em prostitutas lembrei-me logo da genial obra de Rodrigues Miguéis, O Milagre Segundo Salomé... onde as fronteiras do garantido são tão ténues quão complexas; (ii) o que é que as prostitutas têm pior que os criminosos de colarinho branco ou os famosos pedófilos?

Miraleve. Relevo o aparecimento na blogoesfera de um espaço dedicado a essa grande figura da portugalidade: Alfredo Miraleve.

Parabéns. O CG está de parabéns pelo nascimento da sua mais recente sereia. Um abraço.

segunda-feira, junho 09, 2003

Contesta. Escreve-me o autor do blog contesta a contestar...

Meu Caro Amigo,
O Amigo está redondamente enganado!
O Amigo vive num país de fartos recursos e por esse facto, podemos despender milhares de milhões de contos num processo, permita-me que lhe diga, “kafkiano” onde os verdadeiros culpados se encontram em parte incerta.
A solução desta problemática reside na eliminação, pura e simples, de toda a raça humana (excluo euzinho, minhas filhas e as gajas + boas do planeta, por serem seres puros e imaculados).
Qual perdão, qual carapuça!

Kill! Kill! Kill! I say!


Para não falar a sério... pergunto-lhe se não arranja espaço para mim, para a minha família e para alguns amigo(a)s...

Amnistia. O perdão é um acto de coragem; redentor em boa parte dos casos. Mas é um acto que as vítimas usam aplicar aos violadores. Tornando-o, tantas vezes, na mais pesada pena a aplicar-lhes. Não é, convenhamos, um acto por decreto… As notícias que tenho lido desde o fim-de-semana, a propósito do processo de pedofilia, tenho-me esforçado por esquecer! Esperar que seja mais um balão de ar desesperado de interesses comprometidos, e que não seja mesmo verdade… ou isso… ou o desgosto de viver num país de merda!!! Que bom seria – e sei como isto revoltará os mais cívicos da blogoesfera… - que as crianças violentadas durante décadas tivessem pais protectores que chamassem a si a justiça que aparentemente está, uma vez mais, a querer fugir-lhes por entre as mãos!

Diferenças. Alguém é capaz de explicar ao país a diferença entre imunidade e impunidade? E já agora, entre honra e circunstância…

Poderemos planear que um bater de asas nos trópicos pode provocar um furacão nos EUA?
Notas sobre planeamento

Considerações prévias

0. Aconselho vivamente a leitura de Mintzberg, H. (?). The fall and rise of strategic planning. A complementar a leitura deste, o artigo de Phelan, Steven:1997. «From chaos to complexity in strategic planning: Implications for theory and practice». Comportamento Organizacional e Gestão. Vol.3. n.º1. pp. 95- 103. Neste tecem-se importantes considerações em torno da pertinência do planeamento estratégico em sistemas complexos. («Resumo: Os sistemas caóticos são conhecidos por demonstrarem uma grande sensibilidade em relação às condições iniciais, o que torna impossível fazer previsões e planeamento a longo prazo. No entanto, os sistemas complexos podem existir em, pelo menos, dois destes quatro estados.»);
1. Não farei nem um resumo, nem uma viagem orientada pelo texto do Mintzberg, mas tão só alguns comentários avulsos que me surgiram ao longo da leitura;

Comentários

2. Mintzberg posiciona o Planeamento Estratégico no tempo; este facto inibe-o de evolução. Todas as evoluções ao conceito são encaminhadas para o enriquecimento de um novo conceito, o de Pensamento Estratégico. O efeito que tem na discussão académica será, parece, inversamente proporcional ao efeito que tem na compreensão quotidiana. A cristalização dos conceitos, bem como de ideias soltas, pode entorpecer o caminho do saber não académico. Melhor: alguns defensores do Planeamento Estratégico, que entretanto haviam já aportado ao conceito evoluções importantes, foram contestados por outros que, pensando o mesmo que eles, se haviam apropriado do conceito Pensamento Estratégico.
3. Sem questionar a validade da afirmação: «Planners should make their contribution around the strategy-making process rather than inside it», ao defender um clima que promova a dúvida, as perguntas, mais do que uma corrida atrás da one best way, rompendo com as categorias do próprio Planeamento Estratégico, Mintzberg toma partido e deixa subentendida uma visão da sociedade e dos mercados; da envolvente. Uma envolvente em permanente mudança, turbulenta, que sabe que o sucesso depende da capacidade de inovar, no sentido de criar mercados, e não de se adaptar a eles. Só assim faz sentido a promoção da ruptura e não a defesa da continuidade.
3.1. Deste entendimento, de resto, percebe-se o posicionamento de Mintzberg junto dos defensores da premissa de que as organizações estão no estado caótico (c.f. Phelan:1997);
3.2. Vejamos pois algumas afirmações que suportam esta visão: «chaos theory has been represented more on a metaphoric or intuitive [apesar de Phelan procurar fazê-lo por via cientifica] level in the recent management and strategy literature. "Intuitively, the patterns we observe... all point to the importance of chaos in the pratice of business management. The failure to predict… provide(s) further intuitive support" (Stacey). Stacey then goes on to say that he can only find two publications that adopt a chaos approach to management and organization. It would seem that increased turbulence in the business world and the widely reported accelerating rate of change is sufficient to label a system as chaotic» (ibidem). E ainda: «All authors agree that long-term or strategic planning is futile in a chaotic environment:"…if one accepts the premise that the dynamic of success is chaotic… all forms of long-term planning are completely ineffective" (Stacey).» (ibidem).
4. A mim parece-me pertinente a visão de Mintzberg. Neste burilo de ideias acrescentaria ainda que o Planeamento Estratégico, bem como o Operacional, deverá ser entendido como mais uma das condições iniciais dos sistemas (e esta ideia parece-me importante!) que interagirá com outras variáveis e produzirá efeitos não lineares.
5. Uma nota final: Phelan entende que nem todas as organizações se encontram em estado caótico e que algumas se encontram em ambientes estáveis. Este entendimento fá-lo afirmar que o Planeamento Estratégico mantém a sua validade, portanto, para determinadas condições. (O modelo que utiliza, bem como a argumentação, não são simples!)

Amizades às direitas!
O MEC escreve, a propósito da polémica em que os infames se viram mergulhados, um extraordinário texto de amizade ao JPC.
Mas MEC, ainda que unicamente motivado pelo mais nobre dos sentimentos, a coragem de gritar, sozinho se caso for, a amizade que sente por um amigo, faz mais. Escreve um texto que afasta radicalmente a escumalha intolerante de uma dita direita da sua (nossa) direita e posiciona justamente a esquerda no seu campo mais fértil: a utopia. A nós resta-nos o realismo! A coragem de olhar para a sociedade como é, e viver nela da melhor maneira possível. Aos outros, o sonho – tantas vezes sobranceiro e totalitário – de forçar todos a fazer parte desse mesmo sonho… [sobre isso ver, também, JPP e o fórum social]

A Direita aceita; admite; deixa-se constranger, talha-se à medida do homem e do mundo. A Esquerda sonha; revolta-se; repensa e inventa; em nome de um bem qualquer que ainda está por vir. (MEC)

Feira do Livro.
“Olha! Aquele não é escritor?!”
“Uau… é mesmo!”
“Como é que ele se chama?”
“Sobre o que conversarão?”

Duas hipóteses: (i) ou a deslocação dos escritores à feira do livro é com o intuito de permitir a troca de impressões sobre as coisas que escrevem, (ii) ou é mais uma manifestação pateta de nossa desnatada nata.

(i) no primeiro caso era preciso que as pessoas os tivessem lido para com eles poderem falar do que escreveram… e ou os milhares de pessoas que passam pela feira do livro são “os tais” que lêem o “meio livro” por ano que as estatísticas revelam, ou a maior parte vai lá comprar lombadas a metro para, na cultura do mais vale parecer que ser, garantir o estatuto junto dos que o visitam, graças ao inaudito mas sempre presente: “a quantidade de livros que ele tem…!!!!”.
(ii) no segundo caso… bem, no segundo caso, esta cultura de aquário dos famosos é tão palerma, que mais vale dar uma saltada à Assírio e Alvim do King, deserta por estes dias, esquecer a feira do livro, esquecer o big brother, e armar em arrogante dispensado de vociferar contra esta mediocridade reinante.

A santidade (cantando e rindo...).

A ilusão de pureza de por aí grassa é tão doentia, que só mesmo os MonthyPython para a mais que necessária "alegre-euterápia"...

Title: Every Sperm Is Sacred
From: Monty Python's The Meaning of Life

There are Jews in the world, there are Buddhists,
there are Hindus and Mormons and then
there are those that follow Mohammed -but-
I've never been one of them.
I am a Roman Catholic
and have been since before I was born,
and the one thing they say about Catholics is
they'll take you as soon as you're warm.
You don't have to be a six-footer.
You don't have to have a great brain.
You don't have to have any clothes on, you're
a Catholic the moment dad came
...Because...
Every sperm is sacred,
every sperm is great,
If a sperm is wasted,
God gets quite irate. (2x)
Let the heathens spill theirs,
on the dusty ground.
God shall make them pay for
each sperm that can't be found.
Every sperm is wanted,
every sperm is good.
Every sperm is needed,
in your neighborhood.
Hindu, Taoist, Mormon,
spill theirs just anywhere
but God loves those who treat their
semen with more care.
(misc choruses)
Every sperm is useful,
every sperm is fine.
God needs everybodies,
mine, and mine, and mine.
Let the pagans spill theirs
on mountain hill and plain.
God shall strike them down for
each sperm that's spilled in vain.

sexta-feira, junho 06, 2003

Declaração de princípios III. Sou um epicurista.
Procurar sempre, sofregamente, o prazer em todas as coisas da vida. Só se vive uma vez, e portanto carpe diem!

Declaração de princípios II. Sou do Sporting!!!
E que dizer?! SPOOOOOOOOOORTING!!! Fanático assumido (todos temos os nossos momentos de irracionalidade desmedida...), posso ser encontrado, junto da JuveLeo, em Alvalade (para o ano, no Alvalade XXI), em todos os jogos em casa. E não! Não acredito no Sporting como uma extensão chique do eixo Estoril-Marinha... mas antes como um clube eclético, "tão grande como os maiores da Europa" (Visconde de Alvalade:1906)!

Declaração de princípios I. Sou de direita.
Numa troca de impressões, há algum tempo atrás, o Miguel Portas, face a uma alegada civilidade do meu direitismo, disse que eu podia ser de direita no Alaska, aqui é que não seria certamente. Di-lo, como diz recorrentemente o seu camarada Rosas e todos os intelectuais da nouvelle gauche, que lêem, à guisa de cartilha, o Le Monde Diplomatique, a partir de uma presunção de trauliteirismo e incivilidade da direita. Di-lo com a mesma desenvoltura e convicção que os da ancien gauche dizem que temos um governo de extrema-direita. Aqueles, contudo, dizem-no convictos da negritude malévola de uma direita tantas vezes representada por imbecis intolerantes; estes por mera incapacidade de aprendizagem, num misto de desonestidade intelectual e trauliteirismo popularucho que também serve à esquerda.
A verdade é que sou, civilizadamente, de direita! De uma direita para quem o direito à liberdade é absolutamente inalienável e o respeito pelas diferenças um pilar fundamental para ser feliz. Uma direita para quem o ostracismo, mascarado das mais diversas formas, é uma forma terrível de condenação. Uma direita que se preocupa mais com os seus próprios actos que em proceder a juízos de valor sobre os actos dos outros.
Há outras direitas… a minha é, por princípio, assim!
E sobre isto, para me posicionar, convenientemente, neste cyber-espaço (comunidade blog?!), dizer apenas: Como compreendo os infames!!!!

Porra! Não tenho tempo!!! Já sei que não escrevo nada há que dias, mas a verdade é que não tenho tempo... Um dos Infames diz que, à pergunta "dedicaste a vida ao blog?", responde "qual vida?" Ainda bem que assim é, já que me permite responder "olha, pá... lê os Infames!!!" Olhem, pá! Leiam os Infames!