sexta-feira, janeiro 28, 2005

Legislativas 2005 [O dilema de Freitas, #1] Freitas do Amaral é um homem politicamente à deriva. O seu apelo ao voto no PS não beneficia, verdadeiramente, ninguém; não beneficia o PS, nem o beneficia a si próprio. No limite beneficia o CDS/PP. Não beneficia o PS porque Freitas do Amaral não arregimenta votos – legislativamente falando – em número suficientemente significativo para ser relevante. Não o beneficia a si, porque quando chegarmos à hora da verdade – e a hora da verdade, para Freitas, é a hora das Presidenciais – o PS não o apoiará; ou não fosse Sócrates um filho alinhado do Guterrismo e não tivesse sido Freitas O candidato da direita no mais renhido combate político que esta travou com a esquerda, na altura, em 1986, representada por Mário Soares. E, no limite, o que Freitas fez foi arrumar, definitivamente, um problema ao CDS/PP. É que caso Cavaco Silva não avance, Freitas podia, muito bem, ser o candidato do PSD e da direita e, afinal, sendo fundador do CDS, Portas teria, apesar de tudo, alguma dificuldade em gerir a situação. Assim, está o caso arrumado!