quarta-feira, dezembro 29, 2004

Tsunami na Ásia e o Deus de Job
Depois de ver tamanha de desgraça (há um ano tinha sido no Irão) é caso para perguntar: será que Deus está outra vez a jogar às apostas com o Diabo (como quando jogou a vida de Job) ou, porque os gajos são budistas (os outros eram islâmicos) estão a pagar a factura do desalinhamento?
É aflitivo ver como as maiores desgraças acontecem aqueles que mais sofrem!
Arrepiante!

terça-feira, dezembro 28, 2004

Mais ecos do Alentejo...
Desta vez de Estremoz chega-nos o link da FABRICAVARIADA.

A Rua Augusta
A Rua Augusta está diferente. Está mais pobre.
A Rosado e Pires fechou e a Nunes e Correa parece não estar no seu melhor... Sobram as Zaras, as Pull&Bear, as Spingfields...

Sulitânia e o epicurismo
Agora sim...
Estive, claro está, no almoço da Torre de Menagem que se realizou no Sábado, dia 18, no Sulitânia. E pensei, como os meus confrades da Torre e restantes convivas fizeram nos seus blogs, em escrever aqui qualquer coisa. E podia tê-lo feito, não fora a malfadada avaria na RAM do portátil. Mas ainda bem que não foi possível, já que me permitiu uma segunda visita ao local. E, sem menosprezo da dita almoçarada, o prazer que me provocou a segunda visita à casa de comes-e-bebes foi mais apurado. Algumas condições mantiveram-se: o dia estava lindo e pleno de sol, no caminho foi possível observar alguma passarada, como o tartaranhão caçador (prazer que só atinjo, na plenitude, no Alentejo), a comida estava, como no Sábado, excelente, o almoço foi seguido de um Quintero… Mas foi melhor: desde logo porque fui acompanhado pela família, que é outros dos superiores prazeres, mas depois porque tive o privilégio da companhia do Joaquim Pulga, à mesa, em torno de um charuto e a pretexto de uma amena e muito agradável conversa; a prova inequívoca que, mais que a ideologia que, neste caso, nos separa, é a estética que nos une.
O Joaquim Pulga conseguiu, no Sulitânia (a que auguro muito longa e boa vida), essa conciliação fantástica entre o sonho e a pragmática: criar um espaço de excepção, numa região de excepção, numa terra pequena (“porque se consegue fazer, nas terras pequenas, coisas tão boas – ou ainda melhores - como nas grandes”), onde à pureza da graça não foi retirado um milímetro e onde a gastronomia é cuidada como uma arte. O Sulitânia é mais um dos grandes prazeres do Sul.

Os governos e o desgoverno da Nação
Durante anos temos ouvido aos partidos que se alternam (verdadeiras alternadeiras...) no governo acusações mútuas de responsabilidades no desgoverno da Nação. Mas o mal não é de nenhum dos partidos em particular, mas da partidocracia - onde a circulação de elites é feita pelos mais sabujos seguidores de lideranças pouco competentes.

Santas festas e votos das maiores felicidades!

terça-feira, dezembro 21, 2004

Os donos da bola
O plano de regularização de contas com o fisco dos clubes de futebol foi negociado. Para 2004 estava previsto o cumprimento de alguns objectivos. Estando próximo do final do ano o Ministério das Finanças – qual vítima de afogamento que, num último estertor, procura vir à tona de água…-- vem anunciar a sua vontade de ver esses objectivos cumpridos. E está no seu direito. A surpresa – ou pelo menos o que seria surpresa no quadro de relações entre gente séria – é a reacção do Sr. Cunha Leal e, para grande espanto meu, do comentador de assuntos económicos da TSF, António Peres Metello. Advogam estes senhores que o Estado não disse nada ao longo do ano e que reservou para estes últimos dias o aviso. Cunha Leal mostra-se surpreso e incomodado, Peres Metello chocado, atribuindo à portugalidade esta coisa de fazer as coisas à tripa fôrra. Mas eu pergunto, será que algum dos contribuintes, com obrigações fiscais por cumprir, com acordo com datas estabelecido, recebe SMS, e-mails ou cartas a alertá-lo, qual mãe protectora, das suas obrigações?!

Torre de Menagem
No tempo em que o Epicurtas esteve off-line, iniciei a minha participação no Torre de Menagem. É um blog sobre o Alentejo, feito por Alentejanos de origem e de conversão. A não perder!!!

Lealdade orgânica e o maestro da banda
Primeiro foi o Zé Bourbon Ribeiro a "exigir" lealdade orgânica ao Pedro Mexia, depois o inefável Portas a afirmar: «Isto agora é como uma orquestra [a mim mais parece uma banda bufa, mas enfim…], cada um toca o seu instrumento, mas muito bem afinadinhos!». Que raio de horror é este que esta direita empossada nos poderes partidários tem a quem, na mesma área política, pensa de maneira diferente?!

O acordo paradoxal que não sendo pré-eleitoral é feito antes das eleições e anuncia o que um acordo pré-eleitoral usa anunciar para depois das eleições...
O PPD/PSD e o CDS/PP resolveram anunciar que têm um acordo pré-eleitoral que os leva a concorrer sozinhos - para apanhar o eleitorado que não votaria na coligação -, mas que formarão governo após as eleições - agradando ao eleitorado que votaria na coligação.

Duas leituras possíveis:
Ou
1. Os directórios destes dois partidos pensam que os eleitores são parvos;
ou
2. O Portas está a preparar-se para "entalar" o Santana...

I'm back!!!