quarta-feira, dezembro 29, 2004

Tsunami na Ásia e o Deus de Job
Depois de ver tamanha de desgraça (há um ano tinha sido no Irão) é caso para perguntar: será que Deus está outra vez a jogar às apostas com o Diabo (como quando jogou a vida de Job) ou, porque os gajos são budistas (os outros eram islâmicos) estão a pagar a factura do desalinhamento?
É aflitivo ver como as maiores desgraças acontecem aqueles que mais sofrem!
Arrepiante!

1 Comments:

At 1:13 da manhã, Blogger Biranta said...

Tal como em tantos outros fenómenos do Universo, Deus não tem nada que ver com o assunto. Independentemente da ideia que se tenha disso. Só chamo o refiro porque me parece absurdo que, na nossa civilização, continue a existir tanta gente que teima em "deixar nas mãos de Deus" coisas que Deus teima em "deixar nas mãos dos homens". Aplica-se a tudo, na nossa vida: desde a luta por melhorar a sociedade, até à organização e preparação de cada sociedade para responder adequadamente (o melhor possível e o mais rapidamente possível) a este tipo de tragédias. O que me preocupa é: e se fosse cá? A nossa sociedade está organizada, como devia, para minorar as perdas? A minha conclusão é que não está, como lá também não está. Que as calamidades naturais aconteçam, nada podemos fazer, mas que não nos socorramos uns aos outros, devidamente, porque os recursos existentes não são convenientemente geridos e organizados, preparados para responder a tais eventualidades, isso é o vardadeiro crime. É a parte da tragédia que Deus teima em colocar nas mãos dos homens e que os estúpidos que nos governam insistem que devemos "deixar nas mãos de Deus". É tudo uma questão de funcionamento da democracia. Por isso aquela tragédia é tão catastrófica. Uma boa parte das perdas poderiam ser evitadas. Somos "castigados" si, mas por não conseguirmos libertar-nos de governantes abjectos. Afinal de contas, como se não bastassem estes fenómenos, ainda nem sequer nos conseguimos libertar de facínoras que cometem este tipo de atrocidades, gratuitamente, como é o caso das guerras. Bem que está na hora de evoluirmos mais um pouco. Também isso está nas nossas mãos e não depende de rezas.

 

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