Por falar em Ruralidade, 4
Pergunta inconveniente 1: Porque é que o mundo rural, repleto de Associações de Desenvolvimento Local e Regional e de IPSS, albergue, quiça, de milhares de licenciados em ciências sociais é, normalmente, descrito por professores universitários urbanos e da cidade e raramente por esses jovens licenciados que trabalham no terreno?
Pergunta inconveniente 2: Porque é que uma fatia muito significativa dos técnicos de desenvolvimento local (em meio dito rural) - pelo menos no Alentejo isso nota-se bem - são provenientes de Lisboa, contrastando com a relativa presença, nessas associações, de locais qualificados?
1 Comments:
Eis algumas "perplexidades" oportunas, sobre o facto do discurso dito qualificado sobre a "ruralidade" (ou será sobre a "interioridade" ?) não ser feito pelos cientistas do social que, nesses espaços, desempenham a sua vida profissional, ainda que transitória.
Talvez a resposta esteja na própria questão. Mesmo esses profissionais encaram o estar no "mundo rural" como algo transitório, como uma etapa para ganhar tempo até chegar ao patamar máximo. a "cidade", entenda-se Lisboa.Logo, não vale a pena perder tempo a discursar sobre o "rural"...
Não sei se já repararam, mas as grandes revoluções da história da Humanidade (mesmo a dita "urbana", para não falar da francesa, da americana, mesmo da nossa do 25)partiram de resistências "rurais" ?
Abel Ribeiro
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