terça-feira, março 07, 2006

Faz o que digo, não faças o que eu faço
Era uma vez um país muito engraçado, um país tão engraçado que as casas, como dizia a canção, não tinham portas, não tinham nada. Ora este país tinha um soberano moderno e bondoso que, numa linda manhã, a brincar no jardim, não fez o que a mamã lhe disse e definiu, como desígnio nacional, aquilo que ele designou choque tecnológico. A certa altura a mamã chamou-o e disse-lhe, outra vez, assim: "não brinques só a correr, escorregas sem querer, se cais ficas mal!" Respondeu "pronto, está bem!", depressa porém, esqueceu-se de tal. Não se lembra depois como foi, mas o dirigente nomeado para o Plano Tecnológico deu-lhe um pontapé. O Ministro fez birra porque queria que os meninos americanos brincassem no seu quintal. E, ninguém contou nada a ninguém, mas um instituto público que dirigia um programa de combate à info-exclusão tinha, num distrito ao sul do país, uma interlocutora privada de acesso à net!