quarta-feira, agosto 20, 2003

LUTO. É uma pena que o mundo esteja submerso numa nuvem de violência. Que à violência a única resposta que “nos” ocorra seja mais violência. Que a violência seja tão banal, quase ficcional. Que já quase não “nos” toque. Que seja preciso que nos toque efectivamente, bem próximo, para que nos lembremos de lamentar, de expressar consternação por grandes homens, por gente inocente, por gente que sucumbe a vilanias e demências. É uma pena que o sofrimento dos outros sirva para ajeitar argumentos para legitimar o sofrimento de mais uns quantos. Tiranos. É uma pena que alguns defensores da paz soem a outras coisas que aparentam ser, para eles, mais importantes que propriamente a paz. Hipócritas. É uma pena que os verdadeiros defensores da paz não tenham solução para isto. E que a simples prática da mesma não seja suficiente. Que seja brutalmente esmagada. Impotentes. Tocará a todos. Ainda mais perto. Baterá a todas as portas. A todas. De todos nós. E nessa ocasião… que Deus nos dê força para não sermos tomados pela Ira.