terça-feira, junho 21, 2005

Polémica CDS, resposta aberta ao Jorge Ferreira
Caro Jorge, antes de mais começar por dizer que o tipo de acusações que fazes ao CDS não me beliscam minimamente. Por variadíssimas razões, das quais realço duas. A primeira das quais é que já não estou no universo CDS há mais de 10 anos (saí da então JC ainda o Monteiro era presidente do partido). A segunda é porque se há gente que tem em relação ao CDS sentimentos de ambivalência eu faço parte dessa gente e portanto compreendo bem esse tipo de críticas e conheço bem algumas das histórias. Nota que faço esta chamada de atenção porque no que toca ao CDS as polémicas são, apesar da “indefinição ideológica” que sempre se anuncia, radicadas normalmente em questões pessoais – cada uma mais estéril que a outra. Mas, oh Jorge… eu ainda sou do tempo em que, para eleger o Manuel Monteiro, se corriam todas as capelinhas (capelas de facto e bares) para “sacar” procurações assinadas (ao tempo ainda valiam nas assembleias de freguesia) para eleger os delegados ao congresso que votariam em certos candidatos. E não foram poucos os delegados “monteiristas” que assim foram eleitos para vencer o congresso ao Basílio Horta.
Mas o que efectivamente me espanta é que não tenham, na NovaDemocracia, conseguido sarar todas as feridas abertas nos tempos em que ainda envergavam orgulhosamente a camisola azul amarela. E mais ainda porque do ponto de vista estratégico não vejo que bons frutos possa isso dar…