Não conto. Caro Anarca, notei o convite que me fez para contar uma história da esposa-do-senhor-do-post-abaixo. Mas não conto. Aliás, pergunto-me que interesse poderia ter contar a história de uma senhora, professora universitária, que é esposa do futuro reitor e tia de uma destacada figura de estado? Qual é o interesse, caro Anarca, de contar que essa senhora gostaria de pegar num semestre inteiro de mestrado de 24 horas, inicialmente programado para decorrer ao longo de 12 semanas, e transformá-lo num compacto de um semana? Qual é o interesse de contar que essa senhora conduziu uma manobra de manipulação sobre os alunos, fazendo valer o seu poder? E qual é o interesse de contar que a maior parte dos alunos ouviu, não tugiu nem mugiu, e acatou a “sugestão”? E que quando questionada a decisão, a dita senhora procurou intimidar publicamente quem o havia feito? Qual é, caro Anarca, o interesse de contar mais uma história da universidade portuguesa onde se mostra que há professores arrogantes e prepotentes, que colocam os seus interesses acima dos interesses pedagógicos, e que a maior parte dos alunos, mesmo ao nível dos mestrados, são uma carneirada medrosa? Não, caro Anarca, não conto!!!
EpiCurtas
«O prazer é o principio e o fim de uma vida feliz.» Epicurus
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