terça-feira, janeiro 17, 2006

As eleições e a escolha de Cavaco Silva.
Se outras razões não houvessem e, infelizmente, há tantas, só o simples facto de terem passado o tempo a "cuspir" no homem, com uma inefável arrogância, motivada por uma imensa presunção de superioridade cultural e intelectual, já era, para mim, suficiente para engolir um sapo - já que Cavaco Silva não é, de facto, das pessoas de quem mais gosto... - e votar nele.

Mas o problema é muito mais grave, e é até geracional, é que 30 anos de democracia mostram uma sociedade falida... uma República incapaz de se reinventar, continuamente presa a mitologias arcaicas e arcaizantes. E, de entre todos, Cavaco Silva é mesmo o melhor.

In extremis, se porventura sou forçado a escolher entre mais "discurso humanista" ou mais "discurso tecnocrático", e se Portugal se continua a mostrar infinitamente reticente a libertar a sociedade civil e a cortar com os discursos paternalistas, então escolho o "discurso tecnocrático"; no fundo, se sou forçado a escolher entre um "pai compincha e amigo da paródia" ou um "pai severo", então, nesta altura da vida do país, escolho o "pai severo".

1 Comments:

At 11:33 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Uma desgraça nunca vem só e o Cavaco traz a Maria consigo. D. Maria III

 

Enviar um comentário

<< Home