Instruções de voto nas Presidenciais para a Direita Liberal, ou Mais uma reconciliação.
O Henrique viveu, tal como eu, e no caso dele, adivinho, até mais intensamente que eu, uma profunda animosidade ao Cavaquismo. No meu caso, nos meus 17, 18 anos, confundi o Cavaquismo com o Cavaco, e, sendo demasiado novo, apesar de ter percebido a diferença entre o novo homem português e o português do PREC, não pude ajuizar com rigor o verdadeiro sentido dessa diferença. Mas, independentemente de todas as circunstâncias, sabia que ele - Cavaco -não pensava o mesmo que eu. E, eis que nos encontramos, hoje, em 2005, nesta encruzilhada. Eu não deixei de ser de Direita, apesar de ser mais Liberal do que era. E sei que Cavaco não é nem de Direita, nem Liberal e que não deixou, no fundo, de ser o fundador de um pacto de regime - não verbalizado - entre o PS e o PSD, quanto às funções do Estado (que continuam a parecer-me excessivas).
Mais: a ideia que paira de um Presidente "presidencialista", e que no fundo anuncia uma necessidade de revisão constitucional, anuncia sobretudo, pelo anseio que em torno da candidatura do professor se vai criando, um sentimento de falência da sociedade civil portuguesa (aquela que, atenta à política não seria nunca "política profissional") e do parlamentarismo (que eu, indubitavelmente, prefiro).
Mas pergunto, entre um parlamentarismo são, que eu prefiro, e a história da falência do mesmo que facilmente podemos constatar ao olhar para as "elites" políticas nacionais e para os mecanismos partidários da sua selecção; entre um candidato ideal, de Direita e Liberal, que não existe, e se existisse perderia as eleições para a Esquerda e Cavaco, que escolha deverei fazer?
Cavaco!
(em simultâneo com o Manual de Instruções)
1 Comments:
Ah, és tu o Intruções. Muito bem. Bem regressado aos blogs. Por mail, manda notícias.
abraços
HB aka achoeu.blogspot.com
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