CDS/PP [O Futuro] Está bem, já sei… para uma considerável fatia de eleitores, militantes e dirigentes do CDS/PP “o futuro a Deus pertence”! Mas agora a sério… acreditando na não revelada, mas evidente, estratégia de Portas de tornar o CDS o primeiro partido da área do centro direita, acreditando no projecto build up em que os patamares de crescimento vão sendo assegurados consistentemente, presumindo que o partido chega aos 10% nestas eleições, que fazer a partir daqui? Pedro Magalhães adiantou a possibilidade, sobre o facto do CDS aparecer sempre subavaliado nas sondagens, de tal se poder dever a um voto encapotado e envergonhado. Para lá disso não é raro ouvir dizer-se: “Não, no CDS não… sou de direita, mas não de extrema!” ou “o CDS está muito à direita”. Depois há os liberais laicos, que gostam pouco das “confusões” da igreja com a política. Ou os de direita que não se revêem na doutrina social da igreja. Enfim… o PSD, pela sua natureza tecnocrática sempre foi capaz de conciliar no seu seio gente que veio da esquerda laica, como Durão Barroso, Pacheco Pereira ou até a Zita Seabra… e gente que veio da direita católica como Paulo Teixeira Pinto. E no mesmo governo, arregimentados em torno do mesmo projecto. Como é que o CDS/PP será capaz de lidar com a multiplicidade do espaço não socialista? E como é que se demarcará dos estereótipos? Eu tenho algumas ideias… E no CDS, terão? E quais serão?!
[Eu sei que é cedo, estrategicamente, falar nisso, mas convém começar a pensar nisso…]
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