domingo, fevereiro 01, 2004

O treinador do FCPorto, outra vez. Há poucos dias escrevi aqui sobre o treinador do FCPorto – de quem não torno a dizer o nome – o seguinte:

José Mourinho. A RTP1 está a anunciar uma entrevista com o treinador do momento. No final do anúncio promocial pergunta-se: "Até onde pode ir José Mourinho?". Pode ir até onde ele quiser. E, por mais que me custe admiti-lo - porque colide com os meus mais facciosos e irracionais interesses -, pode ir no FCPorto. É absolutamente verosímil ver o FCPorto de Mourinho Campeão Europeu. Porque o José Mourinho é um excelente treinador!!! [tinha que fazer aqui esta confissão... é que os mesmos que o acusam de arrogância são os mesmos do post 'O Estado da Nação']

Hoje, depois do triste espectáculo que ele protagonizou ontem em Alvalade, tenho que me retratar. Que é um bom treinador não restam dúvidas. Mas afinal não é assim tão bom. Liderou, a partir do banco, uma equipa vulgar e, a espaços, evidentemente temerosa. Mas o que mais ressaltou, ontem, na sua prestação não foi a competência profissional. Foi o mau carácter e a estupidez. O treinador do FCPorto é mal formado, tem pau perder e, afinal, apesar de todos os males que assolam o futebol português, não é este que é pequeno demais para ele… é o treinador do FCPorto que é demasiado pequeno para Portugal, onde, independentemente dos atrasos estruturais, a dignidade média das pessoas é francamente superior à sua. “Gostava que Rui Jorge morresse em campo” – e é óbvio que faço fé nas palavras de José Eduardo Bettencourt – são as mais ignóbeis palavras que ouvi no futebol português. Pediu para ir para longe? Deixem-no ir. Deixem-no ir para muito longe. Para que quando morrer por causa natural daqui a muitos anos o cheiro não consiga cá chegar.