O Ministério da Justiça. O caso Ministério da Justiça e das suas dívidas à Segurança Social configura-se como o mais paradigmático dos casos políticos da nossa sociedade dos dias que correm. O estado, tão moralizador e zeloso de regulamentações em tantos sectores da vida nacional, emprega, em situações precárias e dúbias, centenas de portugueses. O estado, tão moralizador e zeloso de regulamentações em tantos sectores da vida nacional, não cumpre as regras que impõe aos cidadãos. O estado, tão moralizador e zeloso de regulamentações em tantos sectores da vida nacional, tarda em assumir as suas responsabilidades. Nada disto é novo, nada disto surpreende. O que surpreende é que o país continue a descansar sem exigir que as responsabilidades sejam assumidas e as penas atribuídas, doa a quem doer, até às últimas consequências. É porque na verdade este tipo de caso diz mais da nossa parca cultura de cidadania e do nosso pouco avanço civilizacional que propriamente da honestidade e competência dos nossos políticos, que há muito sabemos ser muito rasteira.
EpiCurtas
«O prazer é o principio e o fim de uma vida feliz.» Epicurus
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