Sobre os moderados e o relativismo. O Paulo Gorjão, no Bloguitica fala sobre os moderados. O Francisco cita-o, na sua Revista de blogs, sem, contudo, se perceber se concorda ou não com as afirmações, mas percebendo-se que as releva. E tem razão em faze-lo – tenham lá sido, quais tenham sido as motivações que o levaram a fazer. Uma primeira leitura do post pode levar-nos a compreender e até a concordar com o Paulo, mas... Sem sequer entrar, outra vez, no debate Esquerda-Direita, e presumindo-se que, em Portugal, quando falamos de Esquerda falamos de PCP ou, eventualmente, de BE e quando falamos de direita falamos de CDS/PP, falar de posições moderadas significa, exactamente, o quê?! Ser-se, como Freitas do Amaral, de centro?! Achar-se que tudo é relativo? Não começa a ser enquistante, para a sociedade portuguesa – e europeia, e mundial… – essa tendência de relativizar tudo? Não é com rupturas que faz o progresso? A guisa de desafio para discutir o que me parece ser um paradoxo (do relativismo tolerante vis-a-vis um fechamento ao "outro"), deixo-vos uma citação muito interessante de Allan Bloom:
Actually openness results in American conformism - out there in the rest of the world is a drab diversity that teaches only that values are relative, whereas here we can create all the life-styles we want. Our openness means we do not need others. Thus what is advertised as a great opening is a great closing.
in BLOOM, Allan. Closing the American Mind. [traduzido em português pela Europa-América, como Gigantes e Anões]
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