A PUTA DA REFORMA E OS FILHOS DA DITA
Era uma vez uma organização onde as pessoas gostavam de trabalhar. Era uma organização onde as pessoas eram bem tratadas e valorizadas pelos contributos que davam em nome dessa mesma organização. Era uma organização que não pagava, aos seus colaboradores, mais que as outras organizações do mesmo sector, mas nessa organização, ao contrário do que se passava na maior parte das outras, as pessoas andavam altamente motivadas e envolvidas em tantos projectos quanto o seu tempo permitia. O reconhecimento do seu empenho, do seu envolvimento e do valor das suas competências era singelo, elementar, mas positivamente percepcionado pelos trabalhadores. Contudo, num dia recente, uma nova onda de modernização e de reforma tomou a organização. Munidos de uma bateria de indicadores de gestão, de “legalismos” e “rigores”, uma “nova” geração de gestores tomou as rédeas e colocou-as curtas. E, eis que a mudança aconteceu… Filhos da Puta!