segunda-feira, fevereiro 28, 2005

PONTA SUL: Ainda o jogo com o Feyenoord...
Exemplo de uma criança infeliz:

Abastardando, por uma boa causa, Yeats
How can I,
with little Afonso hugging and kissing me,
and sweetly calling for me
,
My attention fix
On Roman or on Russian
Or on Spanish politics?

EpiPausa na política...
[o EpiCurtas, às vezes, entusiasma-se... mas não é um blog político.]

Espaço Liberal
Depois da Mão Invisível, O Insurgente. É Portugal, apesar da viragem à esquerda, a mostrar vontade de melhorar. E, pasme-se... fora dos partidos!

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Maria José Nogueira Pinto e a direita portuguesa
Para os que, quando manifestei aqui a minha preferência por Maria José Nogueira Pinto para liderar a refundação do centro-direita, presidindo ao CDS/PP, me questionaram sobre a validade dessa opção (nalguns casos, até, com alguma zombaria), devo, simplesmente, dizer: ouçam-na! ouçam-na a falar! Reitero, apesar da impressão que essa possibilidade está mais longe: Maria José Nogueira Pinto, sendo uma das mais notáveis e competentes cidadãs do espaço da direita, seria a sua melhor opção.

Por outro lado sou forçado a concordar, entre outros, com o Henrique, com o Pinto Mascarenhas e mesmo com a Maria José Nogueira Pinto: a refundação política da direita passa por uma “batalha” cultural a larga escala. Eu estou disponível.

Estou a pensar filiar-me…

PONTA SUL: Spoooooorting!!!

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

CRIME
Ao ler este e este post, e fazendo fé no que leio, fico em estado de choque; pela prática relatada e pela aparente impunidade...

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Parabéns aos MARRETAS
Os Marretas fazem hoje dois anos. Muita coisa se passou neste entretanto, mas a mais relevante foi a metamorfose de blog de humor em blog pornogr@fico!
Esta é a mensagem que leio sempre que tento, do sítio onde me encontro, aceder-lhes:

Está a tentar aceder a site ou página de acesso restrito:
http://marretas.blogspot.com/
The site marretas.blogspot.com was blocked, it is in the Restricted Pornogr@phy category.


PARABÉNS!!!

Calma, senhores...

...não mostrem, assim, tanta disponibilidade para os lugares disponíveis.

Será a Direita portuguesa capaz...

...de sair das zonas sombrias, para se transformar numa ave que voe mais alto e em céus mais claros?

O futuro da Direita portuguesa...

...será escrito pelas mesmas mãos?

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Eu percebo a consternação… Aqui ao lado a Inês, n’O Acidental, veio, juntamente com o Jacinto, escrever um texto laudatório ao Portas. É compreensível. Portas é um líder fortíssimo, com uma capacidade de trabalho excepcional e altamente mobilizador. Portas foi o responsável directo por transformar um partido com 4 deputados num partido do “arco governativo”. Portas deve ser, adivinho, uma figura muito simpática para os que lhe são próximos. É compreensível. A Inês trabalha com ele há mais de 10 anos e é sua amiga. E o texto que escreveu fica-lhe bem. É compreensível. Paulo Pinto Mascarenhas escreve agora que Paulo Portas é o líder natural da direita democrática… e isto é que, para mim, já é um bocadinho mais incompreensível… Porque é que Paulo Portas, que obteve 7,3% de votos nestas eleições e 8,8% nas anteriores é o líder natural da direita democrática portuguesa?! Será que Paulo Pinto Mascarenhas julga que a direita democrática portuguesa só vale 10% do eleitorado? Não valeria a pena pensar sobre isto? Eu pergunto novamente: Quo vadis, CDS/PP? Quo vadis, Direita?

Vergonha, vergonha... oferece-se Vergonha!!!
A todos os nomeados políticos, a todos os beneficiários da conjuntura, a todos os boys e girls que há 6 meses eram do PSD e do CDS e agora são do PS desde pequeninos... Vergonha, vergonha... oferece-se Vergonha!

As mudanças da Direita
Marques Mendes no PSD?
Telmo Correia no CDS/PP?

É o melhor que estes dois partidos conseguem apresentar?

O debate O dia seguinte
1. Foi impressão minha ou a esquerda parece um saco de gatos?!
2. Foi impressão minha ou o PS continua como tem estado... calado?
3. Foi impressão minha ou o PSD já se fez representar melhor?!
4. Foi impressão minha ou o PCP defendeu o aumento do consumo como motor da economia?!

Sr. Vacuidade: Pedro Silva Pereira. Alguém consegue, naquele discurso oco e programado, naquele olhar vazio, vislumbrar uma ideia que seja?! Tenham medo, tenham muito medo...

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Portugal, 2005


[está bem, está bem... estou a exagerar... mas apeteceu-me!]

Notas soltas sobre o caminho para a Direita portuguesa
- Ser uma direita laica. Podem ser católicos, podem ser judeus, podem ser islâmicos, podem ser ateus, podem ser maçons, podem nem saber o que são do ponto de vista religioso, mas saberão, sempre, separar religião e política.
- Ser uma direita liberal. Que acredita no mérito individual, que preza acima de tudo a liberdade e que acredita que são os privados o verdadeiro motor do progresso social.
- Ser uma direita conservadora. Que olha para a história com a tranquilidade de quem sabe que há valores mais importantes que aqueles que lupa do presente muitas vezes nos quer fazer crer, que acredita mais em reformas que em revoluções.
- Ser uma direita pluralista. Que respeita e acolhe no seu seio diversas sensibilidades, que é acolhedora e não discriminatória.
- Ser uma direita aberta. Que reconhece o papel dos partidos, mas que tem nos cidadãos independentes e comprometidos com a causa pública o seu principal aliado.
- Ser uma direita profissional. Composta por profissionais das mais diversas áreas, profissionais que participam na construção de soluções para os problemas que melhor conhecem. Uma direita com menos políticos profissionais e com mais profissionais políticos.
- Ser uma direita cívica. Feita de gente comprometida com causas sociais. Gente que está na sociedade civil, não poucas vezes a fazer o trabalho que nem o Estado nem as empresas querem ou conseguem fazer.
- Ser uma direita séria e honesta. Uma direita que assume sempre a verdade, mesmo quando as pessoas a não querem ouvir. Uma direita capaz de anunciar tempos de crise. Uma direita que não comprometa o futuro para falsear o presente.
- Ser uma direita responsável. Uma direita que se centre nas questões verdadeiramente estruturais para o desenvolvimento do país: a Educação e a Formação Profissional, as Empresas e o Emprego, a Saúde e a Segurança Social e não a Defesa ou a Igualdade.
- Ser uma direita responsabilizadora. Que saiba e que diga claramente que não é nas mãos do Estado que está a responsabilidade do desenvolvimento, mas antes nas dos privados a quem o Estado não criará obstáculos. Mas uma direita que chame a si a tarefa de colocar em plenas condições de igualdade, sem paternalismos, todos os seus cidadãos; estejam eles no Chiado, na Cova da Moura ou em Corte Gafe no concelho de Mértola.

José Manuel Durão Barroso, O Traidor

Legislativas 2005 [Resultados, #6 – O CDS/PP]
Quo vadis CDS/PP? Quo vadis?
Não obtive nenhuma resposta ao post CDS/PP [O futuro]. Mas torno a perguntar, desta vez de forma mais clara: (i) Porque é que o CDS/PP se enfeuda num “catolicismo” político? (ii) Porque é que o CDS/PP não consolida os votos dos liberais e dos conservadores? (iii) Porque é que o CDS/PP não percebe que o laicismo e a racionalidade é o caminho da direita portuguesa? Ainda para mais porque isto não belisca minimamente as convicções religiosas altamente respeitáveis de quem as tem. É porque ou o CDS/PP percebe, entre outras coisas, isto ou, nas próximas eleições, torna a ser vítima do voto útil para o PSD.
[post escrito antes da declaração de Paulo Portas]

Legislativas 2005 [Resultados, #5 – O PSD]
O PSD foi, ao contrário do que dizem a maior parte dos comentários, outro grande vencedor da noite. Ou alguém se lembra de ter visto o “PSD”, nesta campanha, ao lado de Pedro Santana Lopes? Perguntas para o futuro: (i) Daqui a 4 anos o PSD tornará ao governo? (ii) Pedro Santana Lopes vai “renascer”?

Legislativas 2005 [Resultados, #4 – O PCP]
Escrevi aqui, durante a campanha, que um voto de esquerda que se quisesse sério tinha, necessariamente, que ser um voto no PCP. Separam-nos um imenso mar de diferenças, mas a honestidade, a abnegação e a entrega ao trabalho são coisas que aprecio à esquerda e à direita.

Legislativas 2005 [Resultados, #3 – O BLOCO DE ESQUERDA]
A fazer fé nas sondagens o eleitorado do Bloco é jovem, urbano, escolarizado e rico. Vai ser bonito ouvir a intelectual Ana Drago a defender os problemas das jovens mães solteiras da Cova da Moura. Vai ser bonito ouvir o intelectual Fernando Rosas a defender os interesses dos operários da indústria de Setúbal. Vai ser bonito ouvir citações de Pierre Bourdieu, de Boaventura Sousa Santos, vamo-nos orgulhar – enquanto tomamos chá na Mexicana, ou bebemos shots nas festas universitárias – de ser um país moderno (perdão, pós-moderno)! Vai ser bonito até nos enjoarmos com tanta irresponsabilidade e tanta inconsequência. Mas eles crescem… Um conservador – por mais irritado que esteja – vê a história com um alcance maior que a lupa do presente nos permite. E, ser for “cínico”, como eu, até é capaz de sorrir...

Legislativas 2005 [Resultados, #2 – O PS]
Da porta do Hotel Altis ouviram-se – de entre as vozes populares – algumas coisas muito interessantes. À pergunta se foi uma vitória de José Sócrates ou uma grande derrota do governo de Santana Lopes, uma senhora de bandeira socialista em punho, gritava eufórica que tinha sido uma derrota de Santana Lopes… Nada de novo, portanto, deste ponto de vista, no panorama política nacional. Por outro lado, ouviam-se ainda outros populares a gritar, em alívio, que o “povo tem sido muito sacrificado e que agora tudo vai mudar”; adivinha-se que esperam, estas pessoas, um alívio dos sacrifícios; e isso indicia uma falta grave que o PS cometeu nesta campanha quando não as alertou que as dificuldades – a menos que se preparem para hipotecar ainda mais o futuro do país… – continuariam.

Espera-se, muito veementemente, que o PS governe melhor que da última vez que por lá passou...

Legislativas 2005 [Resultados, #1 – O REGIME]
1. O país democrático teve, ontem, uma grande vitória e a confirmação popular de que a mudança de regime, para já, não causará grande perturbação política.
1.1. A afluência às urnas foi muito boa e é sempre uma festa renovar a possibilidade de se ir a votos, livremente, sem coações, sem perigo de vida e sem risco para a integridade física. Isto é bom e é uma alegria e uma vitória para todos os que não dispensam a democracia. E é sobretudo muito satisfatório – repito, do ponto de vista democrático – saber que alguns que no passado tanto lutaram contra isto estejam hoje entre os vencedores.
1.2. É verdade que mudámos de regime (semi-presidencialista para um presidencialismo muito peculiar) e fizemo-lo em proveito de determinados interesses. Os portugueses validaram-no, não obstante ser um precedente democraticamente muito pouco saudável; já que passamos a ter a possibilidade de marcação de eleições não sujeitas a um ritmo de estabilidade política e consagrado na lei, mas de acordo com a “aferição” do “sentimento” da nação que o Presidente da República seja capaz de fazer. E isto é mau e muito preocupante para quem gosta de estabilidade.

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

Uff… Finalmente em Lisboa. Depois de me ter perdido em Braga, em Guimarães, em Vizela e nem sequer sei mais onde, estou finalmente em Lisboa! Sou, definitivamente, “sulista, elitista e liberal”!

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

CDS/PP [O Futuro] Está bem, já sei… para uma considerável fatia de eleitores, militantes e dirigentes do CDS/PP “o futuro a Deus pertence”! Mas agora a sério… acreditando na não revelada, mas evidente, estratégia de Portas de tornar o CDS o primeiro partido da área do centro direita, acreditando no projecto build up em que os patamares de crescimento vão sendo assegurados consistentemente, presumindo que o partido chega aos 10% nestas eleições, que fazer a partir daqui? Pedro Magalhães adiantou a possibilidade, sobre o facto do CDS aparecer sempre subavaliado nas sondagens, de tal se poder dever a um voto encapotado e envergonhado. Para lá disso não é raro ouvir dizer-se: “Não, no CDS não… sou de direita, mas não de extrema!” ou “o CDS está muito à direita”. Depois há os liberais laicos, que gostam pouco das “confusões” da igreja com a política. Ou os de direita que não se revêem na doutrina social da igreja. Enfim… o PSD, pela sua natureza tecnocrática sempre foi capaz de conciliar no seu seio gente que veio da esquerda laica, como Durão Barroso, Pacheco Pereira ou até a Zita Seabra… e gente que veio da direita católica como Paulo Teixeira Pinto. E no mesmo governo, arregimentados em torno do mesmo projecto. Como é que o CDS/PP será capaz de lidar com a multiplicidade do espaço não socialista? E como é que se demarcará dos estereótipos? Eu tenho algumas ideias… E no CDS, terão? E quais serão?!
[Eu sei que é cedo, estrategicamente, falar nisso, mas convém começar a pensar nisso…]

A Mão Invisível

PONTA SUL: Um pouco mais, Sporting!
Um pouco mais...
...de concentração na defesa!
...de treino para o Ricardo, sobretudo no que aos cruzamentos concerne.
...de sorte.
...de Custódio (para quando ele falta...)
...de concentração na hora H.

E que grande Sporting teriamos até ao final do ano!


[in O Jogo]

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Pensar em Deus
Pensar em Deus é desobedecer a Deus,
Porque Deus quis que o não conhecêssemos,
Por isso se nos não mostrou...
Sejamos simples e calmos,
Como os regatos e as árvores,
E Deus amar-nos-á fazendo de nós
Belos como as árvores e os regatos,
E dar-nos-á verdor na sua primavera,
E um rio aonde ir ter quando acabemos! ...


Alberto Caeiro, O guardador de rebanhos

Legislativas 2005 [O debate final]. A oposição perdeu debate. Foi mais arrogante (Sócrates e o evangelista Louçã), foi muito menos convincente (Sócrates) e foi absolutamente inconsequente (Louçã). Por seu turno Portas e Santana Lopes mostraram que, apesar de tudo o que, admissivelmente, pesava contra eles, estavam mais preparados, conheciam melhor os números, provaram a incompetência socialista, e apresentaram soluções mais razoáveis para o futuro. As casas de apostas... perdão, as sondagens vão, outra vez, sofrer alterações.

terça-feira, fevereiro 15, 2005

”Choque” tecnológico. O Anarca atira-se ao “choque” tecnológico com força e sem cerimónia. E está lá quase tudo o que necessitamos de saber sobre a forma que o PS encontrou de nos... lixar mais um bocadinho! Mas há uma pergunta que não me sai da cabeça… se estas abéculas não conseguem governar o país, os bens do Estado, reformar a Administração Pública, valorizar os seus efectivos e prestar serviços de qualidade aos cidadãos, como raio é que julgam ser capazes de “estimular” os privados a Inovar?!

Princesa.
Menina. Carolina?

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

14 de Fevereiro, Dia dos namorados...
...Uma

...para ti, C., pelos 11 anos! Um beijo.

”Crise de representação”, #4

O discurso do CDS/PP mudou para de onde nunca – do ponto de vista da razão – devia ter saído. A estratégia – numa perspectiva de longo curso, que prova que Paulo Portas não estava a brincar quando assumiu a liderança do partido – de ir às franjas da direita conquistar votos foi ganha; e o exercício de trazer o CDS/PP para a disputa de 1º partido da zona não socialista iniciada.

Nestas eleições torno a votar no meu partido de sempre: CDS/PP.

O Template mudou outra vez... Porque houve um pedido especial a dizer que preferia este...

As falsas virgens do PS, ou de como a hipocrisia ainda é o que era…«A campanha de Portas, de que resulta a recuperação do segundo deputado do CDS por Aveiro, fica marcada por violentos ataques do cabeça de lista do PS. Depois de acusar o adversário de “estrangeirado” e de ter “o mesmo discurso que Mussolini”, Carlos Candal publica o “Breve manifesto anto-Portas em português suave”, fazendo conotações sexuais específicas com a candidatura do CDS. Só José Sócrates, entre o núcleo duro de dirigentes do PS, resiste à retirada da confiança política a Candal, decidida por Guterres.» in Grande Reportagem, n.º241, 12/Fev/2005, pag. 30 [o negrito é meu]

PONTA SUL: Os números!
É verdade que estão todos com os mesmos (38) pontos, mas, convenhamos... os números são arrasadores!

1º FCP, 26 golos, 492 atq, 237 remates, 90 cantos, 5085 passes, 243 cruz., 22 assistências
2º SCP, 46 golos, 598 atq, 240 remates, 128 cantos, 5860 passes, 275 cruz., 29 assistências
3º SLB, 33 golos, 563 atq, 216 remates, 92 cantos, 5004 passes, 261 cruz., 18 assistências
4º BFC, 27 golos, 478 atq, 170 remates, 86 cantos, 3658 passes, 259 cruz., 16 assistências

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

Choque tecnológico. Eu sei que o meu grande amigo Piotr Kropotkine, mais conhecido por Anarca Constipado gosta de se demarcar – ainda que tenuemente – do liberalismo. E que tem uma imensa relutância em se considerar um homem de “direita”. Mas – e estes são dois dos mais sérios posts que se escreveram nos últimos tempos na blogosfera -- aqui e aqui a razão foi, para ele, mais forte. O choque tecnológico está ali perfeitamente definido. É o único que pode funcionar. O do PS… bom, o do PS é o que, quem tem memória, já conhece!

O efeito anti-midas Tenho um contrato de trabalho com o instituto X. Sou requisitado para o instituto A, trabalhar na unidade de projecto G. O instituto X muda de nome; para instituto Z. O instituto A muda de nome; para instituto B. A unidade de projecto G é extinta por Despacho em Diário da República. Nada se perde, nada se ganha… mas tudo o que toco desaparece!!!

Legislativas 2005 [O melhor post da semana]

10.2.05
Premiar o guterrismo

Alguns dos que defendem a teoria segundo a qual o voto serve acima de tudo para punir os governos incompetentes preparam-se para premiar o guterrismo.

Durante 6 anos os governos de Guterres estimularam a economia através da despesa pública, reduziram o desemprego aumentando os quadros da Função Pública, estimularam o consumo e as importações e atiraram dinheiro aos problemas. O crescimento da despesa era insustentável, e quando chegou a crise fugiram. A crise era inevitável, mas foi agravada pelo despesismo guterrista.

Contra a opinião generalizada dos comentadores e da oposição, que queriam mais despesa pública e mais estímulos do estado à economia, os governos do PP-PSD congelaram parcialemente a despesa e só pecaram por defeito. Nas últimas europeias pagaram pelas poucas medidas difíceis que tomaram. Agora, arranjou-se um bode expiatório e o eleitorado prepara-se para premiar os principais culpados.

PS (em resposta ao comentário do AdamastoR) - Aqueles que acreditam que puniram o guterrismo nas eleições de 2002 estão equivocados. Em 2002 evitaram que os guterristas tivessem que enfrentar as consequências das suas políticas. Só lhes fizeram um favor.
(o negrito é meu.)

no A Blasfémia

Legislativas 2005 [O voto da Esquerda] Alguém de esquerda, que acredite num modelo social-democrata, que acredite na necessidade de ter gente trabalhadora e empenhada à frente de alguns cargos, e que não se deixe intimidar por "folclores partidários" que servem unicamente o propósito de conferir sentido a um gigantesco passado, vota CDU.

A hipocrisia e a falta de respeito pelo passado e as falsas virgens do PS. Qual é o lugar que Paulo Pedroso ocupa nas listas do PS? Porquê? Porque é que não esteve ontem presente no comício em Setúbal?

quinta-feira, fevereiro 10, 2005

"Crise de representação", #3
1. Há muita gente que considera a forma mais importante que o conteúdo;
2. Há muita gente que considera o conteúdo mais importante que a forma;
3. Há ainda mais gente que acha que são coisas diferentes;
4. Eu acho que são condicionadoras uma da outra. A forma confere ou retira razão ao conteúdo. E altera-o. Mesmo que, essencialmente, o conteúdo seja razoável. Sobretudo quando a forma – pela omissão, pelo equívoco permitido, sujeita a uma estratégia particular – pretende "dar uma no cravo e outra na ferradura";

5. Voltaremos aqui...

O "populismo" e as falsas virgens do PS. Lembram-se disto, para que Pedro Magalhães tão pertinentemente nos alertou?

Legislativas 2005 [Em quem vota Cavaco?] E Soares?! Em quem vota Soares, depois de ter tecido loas ao programa de governo do Bloco de Esquerda?(não consigo conter o sorriso quando digo "programa de governo do Bloco de Esquerda"!)

A homossexualidade e as falsas virgens do PS. Lembram-se do Candal? E das cobardes e inconsequentes declarações contra o lobby gay?

quarta-feira, fevereiro 09, 2005

Ao Sul, o Sol é mais brilhante…
Sexta-feira
em São João da Madeira,
Sábado
na Carrapateira.

"Crise de representação", #2

E qual é a resposta hoje?
E qual era a resposta à 2 meses?
Se forem diferentes, o que mudou?


Este comentário é semelhante, no seu teor, a muito do que me têm dito pessoalmente e por e-mail. Mudou alguma coisa nos últimos 2 meses? Alguma coisa essencial? Mudou!

Voltaremos aqui...

Legislativas 2005 [PSD] Proto-candidatos a líderes que não avançam na hora certa; mas aguardam a sua hora. Ex-líderes que criticam ou, afinal, não criticam. Militantes que se manifestam contra. Crises de representação. Mágoas carpidas publicamente. Militantes que não avançam mas estão com outros, que avancem. Um partido partido em dois: o bom e o mau. Um partido livre. O “povo” livre. Um partido plural. Um partido que, afinal, se nos afigura canalha e velhaco! Portugal não merece mais Santana Lopes; mas o PSD que se tem manifestado contra ele, merecia um bom resultado dele.

quinta-feira, fevereiro 03, 2005

"Crise de representação", #1

Olha lá, tu vais votar PP?! é a pergunta que mais me fazem!

Voltaremos aqui.

Os bloqueadores de rodas A 18 de Setembro de 2003 escrevi isto sobre os bloqueadores de rodas:

Breve nota sobre os bloqueadores de rodas. Os bloqueadores de rodas são, na maior parte das suas utilizações, uma violação dos direitos de propriedade dos cidadãos e configuram um abuso grave de autoridade. Post scriptum – não, não me bloquearam a roda do automóvel...

Continuo a achar o mesmo. Mas acho mais: acho que são uma tolice sem explicação aparente. Servem para quê?! São aplicados em que circunstâncias?! São aplicados, normalmente, em situações em que, manifestamente, os automóveis estão a incomodar; quando estão estacionados em lugares proibidos: em cima de passeios, em zonas de descarga, à frente de paragens de transportes públicos, à frente de garagens… E servem para impedir que os seus proprietários os tirem de lá. Mas, então se estorvam… porquê conservá-los nos locais onde estorvam?! Não bastaria a multa? É que, inconveniência por inconveniência, mais vale que saiam de lá cedo, que tarde!. Post scriptum - Não! Não me bloquearam a roda do automóvel...

Legislativas 2005 [RTP] A insistência, entrevista após entrevista, em tratar quer a estratégia de campanha dos partidos (“quer conquistar votos a quem?”), quer as inomináveis incidências (boatos e insinuações) da mesma é alinhar por baixo, desconsiderar os portugueses e perder uma excelente oportunidade para contribuir para um debate saudável e construtivo com alguns dos actores chave do momento. Ontem, Portas quis ir mais longe. Quis explicar as suas propostas. Quis mostrar as diferenças, do ponto de vista da razão. Quis esclarecer. Mas Judite de Sousa não deixou...

quarta-feira, fevereiro 02, 2005

Sobre os moderados e o relativismo. O Paulo Gorjão, no Bloguitica fala sobre os moderados. O Francisco cita-o, na sua Revista de blogs, sem, contudo, se perceber se concorda ou não com as afirmações, mas percebendo-se que as releva. E tem razão em faze-lo – tenham lá sido, quais tenham sido as motivações que o levaram a fazer. Uma primeira leitura do post pode levar-nos a compreender e até a concordar com o Paulo, mas... Sem sequer entrar, outra vez, no debate Esquerda-Direita, e presumindo-se que, em Portugal, quando falamos de Esquerda falamos de PCP ou, eventualmente, de BE e quando falamos de direita falamos de CDS/PP, falar de posições moderadas significa, exactamente, o quê?! Ser-se, como Freitas do Amaral, de centro?! Achar-se que tudo é relativo? Não começa a ser enquistante, para a sociedade portuguesa – e europeia, e mundial… – essa tendência de relativizar tudo? Não é com rupturas que faz o progresso? A guisa de desafio para discutir o que me parece ser um paradoxo (do relativismo tolerante vis-a-vis um fechamento ao "outro"), deixo-vos uma citação muito interessante de Allan Bloom:

Actually openness results in American conformism - out there in the rest of the world is a drab diversity that teaches only that values are relative, whereas here we can create all the life-styles we want. Our openness means we do not need others. Thus what is advertised as a great opening is a great closing.

in BLOOM, Allan. Closing the American Mind. [traduzido em português pela Europa-América, como Gigantes e Anões]

Legislativas 2005 [A estratégia do PS, #2] Não avançar nomes para a execução das políticas sectoriais do programa de governo, porque o que interessa são as ideias, é o mesmo que dizer que as questões relacionadas com os Negócios Estrangeiros podem ser escritas por António Vitorino e executadas pelo António Calvário ou as questões relacionadas com o Emprego escritas pela Maria João Rodrigues e executadas pela Maria João Bastos. (pensando bem este último cenário nem me parece nada mau...)

Legislativas 2005 [A estratégia do PS, #1] Os rostos para a execução das políticas, ficámos ontem a saber ao ouvir o Sr. Pinto de Sousa (Eng. Sócrates, como usa ser conhecido), são irrelevantes. Antes das eleições o PS não se compromete avançando nomes para a execução sectorial do programa, antes das eleições o PS não se compromete avançando ideias sobre a dimensão e a orgânica do governo, antes das eleições o PS não se compromete adiantando ideias sobre quem prefere para formar governo caso não venha a ter maioria absoluta. Segundo o Sr. Pinto de Sousa o PS não compromete o seu plano A, especulando sobre um plano B. Ficámos todos a saber que o plano A é não dizer coisa nenhuma, não vá o diabo tecê-las.

terça-feira, fevereiro 01, 2005

Pancada de Molière Já aqui, no passado, falei da Companhia Teatral do Chiado. São fantásticos. E agora têm um blog.

Uma comovida salva de palmas.

Portugal está mais pobre...

Pausa de 40 minutos.

PONTA SUL: Treinador de bancada Custa-me que o meu Sporting tenha um treinador que não quer ser campeão... Enfim! Ontem, aos 60 e tal minutos (e não aos 80 e tal...), teria feito as substituições e as alterações necessárias para ganhar. Teria tirado o Barbosa e o Rochemback e teria feito entrar o Mota e o João Moutinho; recuando o Sá Pinto para o vértice mais adiantado do meio-campo, em apoio ao Mota e ao Liedson. E teria ganho o jogo...